Trump na Casa Branca: impacto global nas políticas climáticas e sociais preocupa especialistas
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O retorno de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos levanta preocupações sobre a continuidade de políticas sociais e ambientais no cenário internacional. Especialistas alertam para desafios em acordos multilaterais, como a COP30, prevista para novembro de 2025, em Belém (PA). O evento será palco da revisão de metas do Acordo de Paris, do qual os EUA têm histórico controverso. Durante seu primeiro mandato, Trump retirou o país do compromisso climático, gerando temores sobre novas barreiras às pautas ambientais.
Desafios climáticos e diplomáticos
Segundo Leandro Barcelos, gerente da BMJ Consultores Associados, Trump pode enfraquecer iniciativas como a COP, exigindo maior esforço diplomático do Brasil e de outros países. "Com o retorno de Trump, o ceticismo em relação a acordos climáticos pode gerar desafios adicionais, mas também abrir espaço para novas lideranças, como a da China", avalia Flávia Bellaguarda, da Laclima.
Antes da COP30, o Brasil sediará a Cúpula do Brics em julho, debatendo uma moeda alternativa ao dólar — pauta que já provocou reações negativas de Trump. O magnata ameaçou impor tarifas aos países do bloco, ampliando as tensões internacionais.
Combate à fome e incertezas globais
Outro ponto em risco é a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, criada sob a presidência brasileira no G20 de 2024. Vanessa Daufenback, socióloga da PUC-PR, aponta dificuldades em manter o compromisso, especialmente diante de conflitos como o de Israel e Palestina, que agravam a fome em regiões afetadas.
Apesar disso, Saulo Ceolin, do Itamaraty, acredita que o combate à fome pode se manter relevante até sob Trump. "Apoiando essas questões, os EUA podem reduzir a imigração de países mais pobres, algo que Trump defende fortemente", destaca.
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