Tiro que matou médica da Marinha atravessou janela do hospital
O tiro que matou uma médica dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte do Rio, atravessou uma janela antes de atingi-la. Imagens obtidas pela TV Globo mostram a marca de tiro na janela do segundo andar do prédio.
A capitã de Mar e Guerra e médica geriatra Gisele Mendes de Souza e Mello participava de um evento no auditório quando foi atingida na cabeça.
Ela foi socorrida e operada, mas não resistiu aos ferimentos.
Ela morreu ainda na terça-feira (10/12), horas após o disparo.
Gisele era superintendente do Hospital Naval Marcílio Dias, que administra a Escola de Saúde da Marinha.
Ela morreu no mesmo dia em que o filho mais novo faz aniversário.
O universitário Daniel Mello, de 22 anos, publicou uma homenagem para a mãe nas redes sociais.
A polícia vai investigar se tiro partiu da polícia ou de criminosos.
No momento em que a médica foi atingida, uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) fazia uma operação na região.
Em nota, a Polícia Militar disse que os agentes "foram atacados por criminosos" na Comunidade do Gambá.
A Comissão da Alerj cobrou uma investigação rigorosa do caso. "
A segurança da população não pode ser comprometida por operações que falham em garantir a integridade de todos", diz nota assinada por Dani Monteiro, presidente da CDDHC (Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania).
"O incidente aconteceu em meio a uma operação policial da UPP na região, que resultou em confronto próximo ao hospital, de acordo com a PMERJ.
Este é mais um caso que expõe a falta de planejamento e inteligência nas ações de segurança pública, colocando vidas inocentes em risco", disse a nota da CDDHC.
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