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Sete Lagoas registra inéditos três tremores de terra seguidos em um mesmo dia

O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) registraram três tremores de terra em Sete Lagoas (MG) na madrugada e manhã de terça-feira (16).
O primeiro ocorreu às 2h26, com magnitude de 2.6 (USP) a 2.8 (UnB) na escala Richter. O segundo tremor foi às 4h41, com magnitude 2.2 (USP) a 2.5 (UnB). Já o terceiro aconteceu às 8h40, e teve magnitude de 2.0 (UnB) a 2.3 (USP).
Câmeras de vigilâncias de casas e prédios captaram estrondos, seguidos de abalos. Há imagens de cães e gatos correndo assustados em ruas de bairros do município de 240 mil habitantes. Mas não houve ocorrência de feridos nem estragos.
No fim da noite de domingo (14), na mesma cidade, que fica na região Central de Minas Gerais, a 70km de Belo Horizonte, houve um tremor de terra de magnitude 2.2 (UnB) a 2.3 (USP).
Sete Lagoas tem convivido com tremores seguidos desde 30 de abril de 2022. Os sismógrafos da USP e da UnB registraram 26 abalos desde então, sendo 20 ao longo de 2022, dois em 2023 e quatro em 2024, até o momento.
A ocorrência desta terça-feira é inédita, pois é a primeira vez que os equipamentos das duas universidades, referências no país, detectam três tremores num mesmo dia no município mineiro.
Estudos preliminares apontam para fenômeno natural
Estudos preliminares apontam para uma acomodação do solo cárstico da região, pois Sete Lagoas está em uma região cárstica, com várias cavernas e falhas geológicas.
A análise dos dados registrados pelas estações sismográficas instaladas em Sete Lagoas, em uma parceria entre a Prefeitura e o Centro Sismológico da UnB, mostram que os tremores são de origem natural.
“A movimentação da terra é algo comum e que pode liberar energia aos poucos. O tempo de duração do fenômeno vai depender da forma de acomodação”, explicou o geofísico, doutor em Sismologia e pesquisador do Observatório Nacional, Diogo Coelho, ao TEMPO, em junho de 2022.
“Todos os especialistas ouvidos pela Prefeitura têm descartado a hipótese de causa humana porque, para provocar um tremor como os sentidos até agora, seria necessária uma bomba de potência gigantesca. Mas todas as teses estão sendo consideradas”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agropecuária, Edmundo Diniz.
O consenso entre os especialistas é que tremores com magnitude 2, 3 e até 4 não provocam danos. "Mas vai depender do epicentro do tremor, de sua distância até a superfície e do tipo de imóvel construído naquele terreno, de sua fundação, entre outros fatores", observa o coordenador da Defesa Civil Municipal, Sérgio Andrade.
Fonte: O Tempo

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