Rogério Correia: bolsonarismo está 'em apuros' com denúncias de golpe
Com o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo suposto plano de golpe de Estado, o deputado federal Rogério Correia (PT) acredita que o “bolsonarismo” está ficando sem opções para as próximas eleições presidenciais, em 2026. Na avaliação do petista, outros nomes que poderiam representar a direita futuramente também estão em disputa interna sobre possíveis candidatos para concorrer ao cargo de chefe do Executivo federal. O parlamentar comentou sobre a conjuntura para 2026 em entrevista ao programa Café com Política da rádio FM O TEMPO 91,7 na manhã desta segunda-feira (2 de dezembro).
Para Rogério Correia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será o “carro-chefe” da esquerda na campanha para o próximo pleito, o que traz a necessidade de fortalecer o governo Lula para uma reeleição por meio de uma plataforma de unificação da esquerda. Conforme o deputado, o presidente apresenta bons índices de desenvolvimento do país, mas esbarra nas vontades do mercado financeiro, cujas pautas não são as mesmas do chefe do Executivo federal. Por outro lado, o parlamentar aponta que a direita está com dificuldades para encontrar um candidato para disputar o pleito em 2026. Com o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível e com as últimas acusações de envolvimento em um golpe de Estado, Correia acredita que o bolsonarismo está “em apuros”.
“Aquele projeto de anistia não tem a menor chance de passar na Câmara de Deputados, principalmente depois dos últimos movimentos feitos pela Polícia Federal e o indiciamento dele (Bolsonaro). Nós vimos que a tentativa de golpe, e até tentativa de assassinato do vice-presidente da República, do presidente e do presidente do TSE, estava posto. Então, essa anistia caiu por água e a tendência é o Bolsonaro ser preso durante o tempo. Isso abre uma disputa no bolsonarismo que a gente precisa ficar atento.”
Conforme Rogério, as alternativas da direita estão disputando um “campeonato de entreguismo”. Ele cita o governador de Minas Romeu Zema (Novo), que é cogitado para concorrer à presidência em 2026, e, recentemente, apresentou projetos de privatização da Cemig e da Copasa, além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
“Todos querem entregar empresas públicas e querem ser o ‘queridinho’ do mercado. Esse é o movimento que eu acho que a direita faz hoje. E vamos ver como é que o PT reage, essa que é a discussão que precisamos fazer dentro do partido.”
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