Revisão de despesas obrigatórias pode ser necessária para governo manter equilíbrio fiscal até 2026, diz economista
A recente análise do economista Samuel Pessôa indica que o governo federal enfrenta um desafio estrutural em suas contas públicas. Ele destacou que as regras para despesas obrigatórias, como gastos com saúde e educação atrelados à receita e o reajuste do salário mínimo conforme o crescimento do PIB, não estão alinhadas com o arcabouço fiscal aprovado pelo governo em 2023. Segundo Pessôa, essas regras criam uma pressão financeira que ameaça o espaço para investimentos e que poderia resultar em ajustes severos a partir de 2027.
O novo sistema fiscal permite que as despesas cresçam até 2,5% acima da inflação, dependendo da receita do ano anterior. No entanto, Pessôa alerta que, com o aumento dos gastos obrigatórios, o governo terá dificuldades para manter os investimentos sem comprometer as metas fiscais. Ele ainda prevê que, ao final do atual mandato, a dívida pública pode chegar a 86% do PIB, pressionando ainda mais as contas nacionais.
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