Reino Unido pode errar ao permitir que Ucrânia ataque Rússia, diz The Guardian
Em um artigo para o The Guardian, o jornalista Simon Jenkins alerta que o Reino Unido cometerá um grande erro ao permitir que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance para atacar o território russo. Jenkins sugere que essa decisão poderia ter consequências de "proporções potencialmente nucleares" e critica a postura agressiva dos líderes militares britânicos e do primeiro-ministro Keir Starmer, que, segundo ele, apenas alimenta o ceticismo em relação à OTAN, especialmente para o possível próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O artigo aponta que, após mais de dois anos, a guerra na Ucrânia evoluiu de uma luta por independência nacional para um conflito por procuração entre o Ocidente e a Rússia, tanto no campo econômico quanto militar. Jenkins também observa que o apoio ocidental ao presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, só agrava a situação política global.
O jornalista argumenta que os políticos ocidentais, que prometem apoiar Zelensky até uma vitória total, não estão contribuindo para a paz, pois sabem que tal vitória é impossível. Ele questiona quanto mais mortes e destruição esse apoio causará enquanto o conflito continua. Jenkins conclui destacando que a posição de líderes ocidentais não favorece uma resolução pacífica do conflito. Na semana passada, o presidente russo Vladimir Putin declarou que a OTAN discute a possibilidade de o Exército ucraniano usar armas ocidentais de longo alcance e a participação direta de países da aliança no conflito com a Rússia.
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