Raízen encerrará produção de etanol 2G em Piracicaba na próxima safra, após 10 anos de operação
20 de jan.
Após quase uma década de operação, a Raízen anunciou a interrupção da produção de etanol de segunda geração (E2G) na Usina Costa Pinto, localizada em Piracicaba (SP), a partir da próxima safra, com início em 1º de abril de 2025.
A unidade foi a primeira do grupo a ser inaugurada para a produção de etanol celulósico, mas, segundo comunicado divulgado na última sexta-feira (17), passará a realizar testes e desenvolver futuros avanços na tecnologia do biocombustível.
De acordo com a empresa, durante os dez anos de operação, a planta passou por diversas transformações e aprimoramentos para melhorar a tecnologia de produção de etanol de segunda geração (E2G). Essa tecnologia foi posteriormente replicada em escala comercial em outras unidades, como a Planta Bonfim (Planta 2), já em operação, e nas Plantas Univalem (Planta 3) e Barra (Planta 4), que estão em fase de comissionamento e iniciarão operações após a obtenção das autorizações necessárias.
A planta de Piracicaba foi inaugurada em 2015 e, na época, a Raízen projetava uma produção de 1 bilhão de litros de etanol 2G por ano, com o uso do bagaço de cana-de-açúcar. A fábrica, construída em uma área de 30 mil metros quadrados, possui capacidade de produção de 42 milhões de litros anuais e foi a primeira no Brasil dedicada exclusivamente ao etanol celulósico. O investimento foi de R$ 237 milhões, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
No início de 2014, o etanol celulósico começou a ser comercializado no Brasil, com 200 mil litros disponibilizados em um posto de Piracicaba, marcando a primeira venda do produto no país. A Raízen já planeja a construção de novas plantas, que entrarão em operação quando o custo de produção do etanol 2G atingir o mesmo patamar do etanol de primeira geração. No entanto, a empresa ainda não divulgou as localizações dessas futuras unidades.
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