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Queimadas destroem plantações durante período de estiagem no Sul de MG


O Corpo de Bombeiros de São Sebastião do Paraíso registrou um aumento significativo de 167% no número de queimadas em vegetação no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2023. O impacto desses incêndios tem sido devastador, atingindo até mesmo lavouras, como a de café no distrito de Guardinha, onde cinco hectares foram consumidos pelo fogo.

Imagens mostram a altura das chamas em uma mata próxima ao cafezal, e, em menos de uma hora, o incêndio chegou à produção. A produtora rural Rita Lataro relatou o desespero ao tentar conter o fogo, que rapidamente se espalhou, tornando impossível qualquer tentativa de apagá-lo. A lavoura, com dez anos de cultivo e recém-podada para a rebrota, agora está devastada, com os troncos completamente secos e sem vida. Rita acredita que os 10 mil pés de café queimados precisarão ser retirados, marcando uma perda significativa para a produção futura.

Outro incêndio ocorrido no fim de julho, iniciado em Santo Antônio da Alegria, interior paulista, se alastrou até São Sebastião do Paraíso, atingindo grandes áreas rurais nas regiões da Guardinha e Faxina. Este fogo só foi controlado após três dias de combate.

Segundo o sargento Hebert Henrique Divino, do Corpo de Bombeiros de São Sebastião do Paraíso, o aumento expressivo nas ocorrências de queimadas, muitas vezes intencionais, tem causado grandes prejuízos, com incêndios em vegetação se alastrando para depósitos de materiais recicláveis e outras áreas vulneráveis. A maioria dos focos de incêndio foi registrada às margens das rodovias, com casos de três a quatro focos simultâneos na mesma estrada.

A devastação causada pelo fogo também afetou outras culturas na região. Em Jacuí, 200 pés de abacate foram queimados em uma propriedade, resultando em um prejuízo estimado de R$ 80 mil. O incêndio, iniciado às margens da BR-265, rapidamente se espalhou devido ao vento, destruindo plantas que estavam carregadas e prontas para a colheita. O produtor rural e engenheiro agrônomo Carlos Alberto Pinto Gonçalves relatou que, além da colheita perdida, a florada do próximo ano também foi comprometida.

A recuperação das áreas afetadas levará tempo. Carlos Alberto destacou que, apesar dos danos, as plantas poderão se restabelecer, mas isso exigirá pelo menos dois anos de cuidados e tratos culturais adequados, além de condições climáticas favoráveis, como chuvas rápidas para acelerar a recuperação.

Os incêndios não apenas causam perdas econômicas significativas, mas também ameaçam a sustentabilidade das produções agrícolas na região, exigindo ações preventivas e um esforço conjunto para combater e evitar novas ocorrências.
Fonte: G1

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