Produção de Etanol no Brasil Cresce Impulsionada pelo Milho e Novos Investimentos

A produção de etanol no Brasil para a safra 2024/25 deve atingir 36,1 bilhões de litros, marcando um crescimento de 1,3% em relação à temporada anterior, de acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse aumento é impulsionado principalmente pela expansão da produção de etanol de milho, já que a safra de cana-de-açúcar será menor devido ao clima quente e seco nos meses anteriores.

A Conab revisou suas projeções para a produção de etanol de cana, estimando agora 28,86 bilhões de litros, cerca de 300 milhões a mais do que a previsão anterior. Contudo, o volume ainda será 2,8% inferior ao da safra 2023/24. A produção de etanol a partir do milho, por outro lado, deve alcançar 7,2 bilhões de litros, um aumento de 22,1% em comparação com a temporada passada, devido ao avanço de novos projetos e a ampliação das plantas industriais.

De acordo com a Conab, o Mato Grosso, maior produtor de milho e etanol do país, está se beneficiando da abundância de matéria-prima de baixo custo e da oportunidade de aumentar sua participação no mercado de etanol do Sudeste, maior consumidor do biocombustível no Brasil. A produção de etanol de milho também se dá em um momento de crescente interesse da Petrobras pelo setor, com planos de investir 2,2 bilhões de dólares até 2029.

A safra de cana-de-açúcar do Brasil para 2024/25 está projetada em 678,67 milhões de toneladas, representando uma queda de 4,8% em relação à temporada anterior. Isso se deve à menor produtividade da cana, embora a área destinada à colheita tenha crescido 4,3%, alcançando 8,7 milhões de hectares. No lado positivo, a produção de milho no Brasil deverá avançar para 119,81 milhões de toneladas, com um aumento de 4 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado.

Já a produção de açúcar do Brasil para a mesma safra está estimada em 44 milhões de toneladas, uma queda de 3,7% devido à menor disponibilidade de cana para moagem, especialmente na região Centro-Sul, que deve produzir 40,3 milhões de toneladas de açúcar, uma redução frente à previsão anterior de 42 milhões de toneladas.