Polícia faz operação contra fraudes no Banco do Brasil no RJ
Uma operação combate uma organização criminosa responsável por fraudes no Banco do Brasil no Rio de Janeiro, na manhã de quinta-feira (21). A Operação “Chave Mestra” é realizada pela Polícia Civil do RJ e pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ). Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, que incluem funcionários da empresa. O MPRJ aponta que o esquema causou um prejuízo de mais de R$ 40 milhões à instituição financeira. Essa é a segunda fase da operação. A primeira etapa foi deflagrada em outubro, que apontou que a quadrilha contava com a colaboração direta de um gerente do banco, de um funcionário da área de tecnologia e de terceirizados. As ordens judiciais são cumpridas em São Gonçalo, Taquara, Barra da Tijuca, Praça Seca, Magé, Recreio dos Bandeirantes, Pechincha, Cidade de Deus, Magalhães Bastos e Irajá. Cerca de 25 equipes policiais participam da ação. O objetivo é apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) lideram a operação. Veja um vídeo abaixo das buscas. Os alvos são investigados em um inquérito policial que apura os crimes de organização criminosa e invasão de dispositivo de informática. As apurações iniciaram após informações da Unidade de Segurança Institucional do Banco do Brasil.
Segundo a investigação, a quadrilha atua desde dezembro de 2023. Os integrantes utilizavam aparelhos eletrônicos, como modens e roteadores clandestinos, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes, manipulando as informações para cometer fraudes financeiras. Em apenas oito meses, os suspeitos invadiram o sistema de segurança de diversas agências do Banco do Brasil, localizadas no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel e Centro do Rio, assim como nas cidades de Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
O MPRJ também aponta que a organização atuava de forma organizada com divisão de tarefas específicas entre aliciadores, aliciados, instaladores, operadores financeiros e líderes.
O Banco do Brasil informou que possui processos internos para monitorar fraudes contra a instituição e colabora com as investigações. Leia abaixo na íntegra:
“O Banco do Brasil informa que as investigações iniciaram a partir de apuração interna que detectou irregularidades as quais foram comunicadas às autoridades policiais. O BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações do caso.”
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