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Polícia Civil prende mulher suspeita de falsificação de documentos médicos relacionados ao rompimento da barragem de Brumadinho

Polícia Civil prende mulher suspeita de falsificação de documentos médicos relacionados ao rompimento da barragem de Brumadinho
Reprodução
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu temporariamente, na quarta-feira (12/3), uma mulher de 28 anos, suspeita de integrar um esquema de falsificação de documentos médicos utilizados em ações judiciais de indenização referentes ao rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A investigação revelou que os documentos adulterados eram empregados para solicitar pagamentos indevidos, sem comprovação clínica.

Entenda o caso
As investigações, conduzidas pelo Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof), tiveram início em abril do ano passado. A suspeita, identificada como secretária e administradora de clínicas médicas, era responsável pela falsificação de laudos e receitas médicas, utilizando assinaturas de profissionais de saúde sem o devido consentimento. “O esquema envolvia a participação de advogados, médicos e psicólogos, que usavam os documentos fraudulentos para fundamentar pedidos de indenização na Justiça, gerando prejuízos financeiros e comprometendo a credibilidade do sistema judicial”, explicou o delegado Magno Machado.

Ação ilícita em grande escala
De acordo com as investigações, ao menos 12 mil ações judiciais foram distribuídas com pedidos de indenização por danos morais, todas baseadas em documentos falsificados. Muitos dos laudos apresentados eram idênticos, contendo o mesmo teor e diagnósticos semelhantes, como transtorno de estresse pós-traumático. Durante os depoimentos, algumas vítimas afirmaram que nunca haviam conhecido as pessoas envolvidas no rompimento da barragem e que as consultas médicas haviam sido feitas apenas por telefone, com a emissão de laudos em apenas 10 minutos. “Consultas de 10 minutos por telefone não são suficientes para diagnosticar transtornos graves”, ressaltou o delegado.

Operação Hipócrates
Durante a operação policial, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência da investigada. Documentos, celulares e computadores foram recolhidos e serão analisados pela Polícia Civil. Além disso, foram encontrados blocos de receita médica assinados e em branco, de uso exclusivo de profissionais da saúde. "Há indícios sólidos de que o esquema funcionava de forma sistemática e envolvia várias pessoas", afirmou o delegado Magno Machado.

O chefe do Deccof, Adriano Assunção, destacou a importância da colaboração entre a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais para o esclarecimento dos fatos. “Essa fraude tentou desacreditar a justiça mineira, mas as instituições estão unidas para combater esse tipo de crime”, afirmou.

A suspeita foi encaminhada ao sistema prisional, e as investigações continuam na busca por outros envolvidos no esquema.
Fonte: PCMG

Gazeta de Varginha

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