PL atribui desempenho abaixo do esperado à falta de apoio de Bolsonaro e proibição de contato com Valdemar Costa Neto
O Partido Liberal (PL) celebrou a conquista de 510 prefeituras no primeiro turno das eleições municipais de 2024, mas, nos bastidores, o resultado foi visto com frustração. Valdemar Costa Neto, presidente do partido, havia projetado mais de mil prefeituras, uma meta que não foi atingida. De acordo com informações da colunista Bela Megale, do O Globo, a cúpula do partido atribui parte desse desempenho à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu Valdemar de manter contato direto com Jair Bolsonaro (PL).
Líderes do PL acreditam que Valdemar seria a única pessoa capaz de convencer Bolsonaro a gravar mais materiais de apoio e participar de mais campanhas, o que poderia ter impulsionado as candidaturas em diversas cidades. Nas conversas internas, Valdemar destacou que a falta de uma coordenação estratégica prejudicou o partido, especialmente diante da seletividade de Bolsonaro em apoiar apenas candidatos com quem ele tem afinidade pessoal.
Um dos exemplos citados foi Curitiba, onde Bolsonaro declarou apoio a Cristina Graeml, do PMB, que concorreu contra Eduardo Pimentel (PSD), cujo vice é Paulo Martins, membro do PL. A atitude foi vista como um erro estratégico que prejudicou o partido na capital paranaense. A cúpula do PL acredita que, se Valdemar tivesse tido liberdade para coordenar diretamente com Bolsonaro, poderia ter evitado esses problemas, resultando em um melhor desempenho eleitoral para o partido.
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