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Petistas se manifestaram contra classificar Hamas como terroristas em 2021


Reprodução

Parlamentares petistas, incluindo atuais ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgaram uma nota, em 2021, com o título “Resistência não é terrorismo!”, na qual se posicionam de forma contrária à classificação do Hamas como “organização terrorista”.
A nota é assinada por dez deputados, incluindo o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que eram deputados à época.
A manifestação dos petistas foi feita após a declaração da secretária do Interior do Reino Unido, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de organização terrorista, “alegando falsamente que o movimento palestino seria ‘fundamentalmente e radicalmente antissemita’”, diz a nota.
“Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes”, continua a manifestação.
“Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos”, completa.
Além do governo britânico, Estados Unidos e União Europeia classificam o Hamas como grupo terrorista.
Também assinaram os deputados Zeca Dirceu (PT-PR), que atualmente é líder do partido na Casa, Érika Kokay (PT-DF), Professora Rosa Neide (PT-MT), Enio Verri (PT-PR), Helder Salomão (PT-ES), Nilto Tatto (PT-SP), Padre João (PT-MG) e Paulão (PT-AL).

Leia a íntegra
da nota de 2021:
“Resistência não é terrorismo!
Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de “organização terrorista”, alegando falsamente que o Movimento palestino seria “fundamentalmente e radicalmente antissemita”.
Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes.
Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.
O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.
A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.
Brasil, 23 de novembro de 2021.

Resposta de Padilha
O ministro das Relações Institucionais se manifestou sobre o documento em suas redes sociais e justificou a assinatura alegando que, na época, era “uma fase aguda da pandemia, que era ainda mais letal para populações mais vulneráveis, como as que vivem em áreas de conflito no Oriente Médio”.
“Assinei esse documento, naquele contexto, porque aumentar o tensionamento com organizações da região tornaria ainda mais difícil garantir ações de cuidado pelos governos locais ou obter ajuda internacional para àquelas localidades, de modo a assegurar cuidados de saúde e água a milhões de inocentes que ali vivem”, disse Padilha.
“Em nenhuma hipótese essa decisão pode ser confundida com apoio a qualquer tipo de violência. Já deixei claro meu absoluto repúdio aos atos terroristas praticados nessa semana”, completou.
O ministro completou afirmando que partilha da convicção de Lula de que “é preciso trabalhar para evitar a escalada da violência – papel que o Brasil desempenhará à frente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

Posicionamento do PT
O Partido dos Trabalhadores (PT), porém, ressalta que o posicionamento do partido precisa ser aprovado em assembleia-geral da diretoria executiva, o que não aconteceu neste caso.
A sigla divulgou uma nota, assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em que diz que “só há um caminho para a paz na região, que é a garantia de dois Estados, um palestino e um israelense, o cumprimento dos acordos de Oslo, que completam 30 anos em 2023, e o cumprimento das Resoluções da ONU”.
“Seguiremos perseguindo a paz e temos confiança no papel de que o Brasil poderá cumprir como mediador deste conflito histórico, situando-se à frente do Conselho de Segurança da ONU”, conclui a manifestação do partido.
Fonte: CNN

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