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Ouro atinge US$ 3.000 pela primeira vez em meio a incertezas econômicas

Ouro atinge US$ 3.000 pela primeira vez em meio a incertezas econômicas
Reprodução
O preço do ouro ultrapassou a marca histórica de US$ 3.000 (R$ 17.000) por onça (31 gramas) nesta sexta-feira (14), refletindo o aumento da demanda por ativos seguros em meio a preocupações com uma guerra comercial global. O metal precioso atingiu um recorde de US$ 3.004,86 por onça, acumulando uma valorização de 14% desde o início de 2025.

O ouro é tradicionalmente considerado um porto seguro para investidores em tempos de instabilidade econômica. O aumento nas tarifas impostas pelos Estados Unidos a diversos parceiros comerciais, incluindo a China e a União Europeia, tem gerado apreensão nos mercados financeiros e impulsionado a valorização do metal.

Na quinta-feira (13), o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou estabelecer uma tarifa de 200% sobre bebidas alcoólicas importadas da União Europeia. A medida seria uma resposta à decisão do bloco europeu de taxar em 50% as importações de uísque americano, como retaliação às tarifas impostas pelo governo norte-americano sobre aço e alumínio. Além disso, as tarifas sobre produtos chineses foram elevadas para, no mínimo, 20%.

Analistas apontam que o cenário de incerteza geopolítica e as mudanças tarifárias sustentam a alta do ouro. "Os mercados não gostam de incerteza, e esse fator tem impulsionado o preço do metal para novas máximas", afirmou Victoria Hasler, chefe de pesquisa de fundos da Hargreaves Lansdown.

Outro fator que influencia a valorização do ouro é a compra maciça do metal pelos bancos centrais. De acordo com o World Gold Council, foram adquiridas cerca de 1.045 toneladas de ouro em 2024, consolidando o terceiro ano consecutivo em que mais de 1.000 toneladas foram adicionadas às reservas globais.

O especialista Russ Mould, da AJ Bell, ressaltou que o ouro tem se valorizado constantemente desde que caiu abaixo de US$ 1.200 por onça no final de 2018. Para ele, a incerteza sobre os impactos das tarifas norte-americanas na inflação e nos cortes de impostos esperados pelo governo dos EUA tem sido um dos principais fatores por trás da alta do ouro.
Fonte: Correio Brasiliense

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Gazeta de Varginha

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