Entre prós e contras, achamos que às mídias sociais nos libertou, não permitindo que fôssemos enganados mais. Antes, a velha imprensa manipuladora noticiava o que e como queria, tipo tragédias e mal feitos, que despertam interesses de qualquer ser humano. Da mesma maneira que fazia apologia de alguém ou algo, destruía reputações e valores do que lhe aprouvesse.
Hoje a notícia chega quentinha no exato momento dos fatos, lógico, há falhas quando os internautas e influenciadores são mal-intencionados; prejudicam pessoas, especialmente quando atacam a intimidade.
Surpreendemos tanto com às viagens dos servidores públicos federal, estadual e municipal para outros países e internamente, nos diversos entes federados que constituem o Brasil. Antes, a não ser o Presidente da República ou algum evento marcante, não sabíamos quem viajava por conta do Tesouro, não era divulgado.
Começando pelo Presidente Lula, sua esposa, assessores palacianos e todo o “staff” dos três poderes ao nível da federação direta e indireta. Como viajam esses “servidores” de mais alto poder discricionário! Brasil é um paraíso para políticos, basta, compararmos com outros países. Tudo de bom tem nessa terra, destarte, tudo de péssimo também. Batemos recordes positivos e negativos, por isso a balança só pende para um lado. Precisamos dizer qual lado?
Reportar tal assunto, a nível federal ou estadual, é “chover no molhado”, portanto, analisamos através do portal da transparência, se houve muitos “turistas” na gestão 2021/2023 de nossa Câmara Municipal.
Durante esse triênio, nossos 15 Vereadores e o Procurador, Juliano Comuniam, gastaram com viagens para diligenciamentos, encontros políticos em Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Rio de Janeiro e “cursos” o valor de R$175.035,31 – dividindo por 36 meses e por 16 pessoas é igual a R$303,89 para cada um/mês. Parece ser irrisório. Vejamos então os que gastaram mais na ordem decrescente.
Cristóvão: R$49.777,05; Cabo Valério R$22.205,00; Apoliano R$22.177,06; Dandan R$18.172,05; Juliano Comuniam R$17.259,10; Rodrigo Naves R$16.508,00; Bebeto R$9.630,00; Zilda R$5.150,00; Carlinho da Padaria R$5.077,05; Dudu Otoni R$3.700,00; João Enfermeiro R$3.380,00; Lucas R$750,00; Marquinho da Cooperativa R$750,00; Reginaldo R$250,00; Thúlyo R$ 250,00; Dr. Guedes R$ 0.
Bem, estão exarados neste artigo o que lemos, não analisaremos condutas de ninguém, pessoalmente, pois, com certeza são boas pessoas, mas, como exercem funções públicas sendo pagos pela população, faremos algumas indagações: por que a disparidade de valores? Por que os Vereadores, que deveriam conhecer, pelo menos, a lei orgânica, o regimento interno, um pouquinho da Constituição Federal e leis que são extensivas ao município, precisam de participarem de cursos? Por que o Assessor Jurídico viaja tanto para várias capitais e Campinas?
Não podemos provar nada, entretanto, imaginamos, quanto turismo institucionalizado existe na República Federativa do Brasil, só no Legislativo, não contando os assessores, com aproximadamente 100 mil parlamentares. E se considerarmos todos os poderes?
Não nos consideramos diferentes e nem melhor do que ninguém, mas, nos trinta anos de serviços públicos, somando-se vários cargos acumulados no executivo, viajamos oito vezes para Belo Horizonte, uma para Juiz de Fora e outra para São Paulo, só para assinarmos contratos e reuniões - “bate e volta”, por isso, nossas inferências, com todo respeito, por citarmos especificamente à Câmara.
Não percamos a fé no Brasil. Que Deus nos abençoe!
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