Trânsito em cidades como Varginha, que têm muitos veículos do próprio Município e por sua situação geográfica ser facilitadora de fluxo e passagem para várias cidades, sempre foi alvo de reclamações dos seus moradores e pauta de campanhas política.
Não houve uma eleição municipal que a melhoria do trânsito não fora cogitada, porque todos os governos não conseguiram prever com exatidão, que a cada quatriênio crescem os problemas de manutenção de vias, a necessidade de novas ruas, mudanças e acréscimo de sinalizações, falta de estacionamentos nas áreas centrais, reservas de vagas especiais públicas, sociais e comerciais, impedindo a rotatividade, como ocorre em muitas outras cidades com a urbanização e o êxodo rural.
Não há dúvidas que todos os Prefeitos fizeram algo para melhorar, entretanto, os entraves são maiores do que às soluções devido ao crescimento da quantidade de veículos, nosso município é pequeno, de aproximadamente 400 quilômetros quadrados, muitos terrenos públicos sem perspectivas de serem utilizados, áreas de preservação, os segmentos administrativos, educacionais, fiscais, comerciais e outros convergentes para o centro da cidade e adjacências, onde a maioria das ruas são estreitas e dificultam alternativas plausíveis.
Já houve uma grande descentralização com a construção do shopping e o aproveitamento de muitos lotes onde estão edificando vários prédios residenciais e comerciais no entorno daquele empreendimento.
Já está na hora de pensarem no planejamento do trânsito através de viadutos, elevados e túneis.
E por falar em trânsito, não entendemos o porquê da velocidade que muitos condutores de veículos, motos, caminhões e caminhonetes arriscam, desrespeitando às placas e sinais de advertências; pensem como é difícil sair de uma rua transversal comum dos bairros para entrarmos numa pista de rolamento. Incrível, paramos e vemos um motoqueiro desavisado bem longe, logo que estamos na pista desejada, ele já está chegando em alta velocidade, cortando pela direita, buzinando e xingando. Que coisa mais estressante! Coitadas das mães desses motoqueiros!
A propósito, continuando a matéria, gostaríamos de demonstrar nossa indignação com referência aos preços dos carros novos vendidos no Brasil que, atualmente tornou-se uma indecência, um assalto consentido aos compradores, tudo justificado pelos malefícios da pandemia, das guerras e da roubalheira fiscal. Há tempos os preços dos carros vêm subindo devido à tecnologia utilizada nos últimos anos; antes a manutenção dos automóveis permitia a versatilidade dos mecânicos diagnosticarem os possíveis reparos, comprarem uma ou mais peças e trocarem devolvendo rapidamente seu veículo.
Hoje, os carros não oferecem alternativas de trocar pequenas peças, muitos defeitos são resolvidos comprando novas centrais eletrônicas, softwares, destarte a alta concorrência dos fabricantes que substituíram a mecânica por Hardware para entregar o melhor, o mais seguro, o mais veloz, o mais confortável, enganando a todos, pois, tudo que se emprega nos carros e quaisquer outros produtos são de um obsoletismo avassalador; o termo garantia para valer mesmo, além de brincadeirinha, é quase uma “briga de faca no escuro”.
A maioria dos mecânicos não acompanhou a tecnologia; não aceitam sequer olhar, dependendo dos carros, sem contar que o tempo de duração da manutenção é enorme, pois, devido ao custo das peças, nenhuma loja faz estoque e tudo tem que ser comprado nos grandes centros na hora oportuna “just in time”.
E como estamos falando de Brasil que têm alguns profissionais com o famoso DNA de Gerson (anos 70) “Gostar de levar vantagem em tudo, certo?”, sendo nós usuários aflitos, leigos, vamos só desembolsando.
O correto é pensar que numa máquina veloz, confortável, bonita e de grife ou num fusca 69 conseguimos chegar onde queremos, portanto, quem não tem corrente para amarrar um pitbull em casa, arranje um vira-latas. Mantermos um carro está mais caro do que as amantes do velho da lancha, haja cartão de crédito.
Não arrisquem a pagarem de rico, comprando os importados que sobraram dos endinheirados porque o valor que você pagou no carro, caso estrague algo grave, o preço do conserto ficará perto do valor da sua compra do RR (resto de rico), a não ser que estejam dispostos a rasgarem dinheiro.
Finalizando, dentro do tema, o asfalto bom é preponderante para facilitar o trânsito, Varginha está bem neste quesito, só alertamos, que as medições têm que estarem de acordo com edital de licitação, para que não haja desencontro na liquidação da despesa e erro na efetiva quitação do contrato empenhado.
A regra é clara, quando você vai asfaltar uma rua de terra passa pelos seguintes processos: tratamento do sub leito; regularização para sub base e base de 20 cm de espessura de compactação; após a base, fazer a imprimação com CM 30 (produto derivado de querosene) para impermeabilização da base para evitar infiltração de água - umidade. Após a aplicação, o ideal é aguardar dois a três dias para a querosene exalar. Em seguida aplica-se um produto chamado RR (ruptura rápida); depois aplica-se o asfalto com a vibro acabadora ficando o asfalto com 3 cm acabado. No caso de recapeamento, deve-se primeiro fazer a limpeza da via; regularização de buracos manualmente (tapa buracos); fazer banho de ligação com RL (Ruptura lenta) e aplicar o asfalto com a vibro acabadora – acabado 3 cm.
Não sabemos se estas etapas são fiscalizadas rigorosa e ordenadamente, mas, temos convicção que qualquer medida que apresente não conformidade é um prejuízo grande. Se não mudaram as atribuições de fiscalização, temos uma vaga lembrança que estas operações contratuais passam pelo Suprimento, Secretarias de Obras, Controle Interno e Tesouraria.
Aproveitando esta coluna, homenageamos o nosso bom amigo, Sérgio Yano, que faleceu na última sexta-feira, vítima de acidente de trânsito.“Que o Criador o receba na Seu Reino e conforte a família dele.
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