Apesar das conquistas, o SUS enfrenta diversos obstáculos que dificultam a plena realização de seus objetivos. Entre os principais fatores que contribuem para a insuficiência de assistência à saúde no Brasil, destacam-se:
O Subfinanciamento do SUS é um dos grandes desafios. Embora a Constituição garanta recursos para a saúde, a destinação orçamentária muitas vezes é insuficiente. O crescimento populacional e o aumento da demanda por serviços de saúde, especialmente com o envelhecimento da população, pressionam ainda mais os recursos disponíveis.
A gestão e organização do SUS é complexa, uma vez que envolve diferentes esferas de governo (federal, estadual e municipal) e uma variedade de serviços e programas. Essa fragmentação pode levar a ineficiências e à falta de coordenação, resultando em serviços desiguais e à dificuldade em atender a todas as necessidades da população.
O Brasil é um país com grandes disparidades regionais. Enquanto algumas áreas urbanas têm acesso a serviços de saúde de qualidade, muitas regiões, especialmente no Norte e Nordeste, enfrentam uma grave escassez de recursos e profissionais de saúde. Isso gera uma situação onde comunidades inteiras ficam sem atendimento adequado.
A Distribuição desigual de profissionais de saúde é um problema recorrente no SUS. Muitas áreas, especialmente rurais e periféricas, têm dificuldade em atrair e reter médicos e outros profissionais, o que compromete o acesso à saúde.
Além das barreiras estruturais, fatores sociais e culturais, como estigmas e desinformação sobre os serviços disponíveis, também contribuem para que pessoas não busquem assistência à saúde, mesmo quando ela está disponível.
Embora o SUS represente um importante avanço na garantia do direito à saúde no Brasil, os desafios enfrentados pelo sistema são profundos e complexos. Para que todos os brasileiros tenham acesso à assistência à saúde, é fundamental que haja um comprometimento contínuo com o financiamento adequado, a gestão eficiente e a redução das desigualdades regionais. A luta por um sistema de saúde verdadeiramente universal e de qualidade continua, e a participação da sociedade civil é crucial para pressionar por melhorias e garantir que os direitos de todos sejam respeitados.
A propósito, desde 1989 até 2020, militamos na área de Saúde, servindo ao Hospital Bom Pastor e Hospital Regional, portanto, podemos escrever com toda propriedade que, em todos os governos tivemos algum problema de gerenciamento, falta de recursos financeiros e humanos, mas, sempre afirmamos que temos uma estrutura de saúde melhor do que a maioria das cidades brasileiras do porte de Varginha, na qualidade de cidade polo, até porque estamos muito perto de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Barretos e isso facilita o suporte às altas complexidades e por outro lado, nossa cidade está bem aquinhoada com especialidades, equipamentos e recursos humanos de excelência. Temos certeza do que falamos, pois, se estivemos na rede terciária éramos, por questões de fluxos das evoluções das endemias, a ponta estreita do funil.
Podemos afirmar que grande parte da população procura os seguimentos de saúde após procrastinar bastante. Entendemos que, recorrentemente, muitos não têm condições ou predisposições para ausentar-se do trabalho, devido aos horários idênticos das disponibilidades médicas. Está aí, um problema a ser resolvido pelo nosso Prefeito Leonardo Ciacci e seus assessores. A integração das redes primárias, secundárias e terciárias/urgência e emergência têm que possuir um compromisso para que uma área facilite o trabalho da outra, na sequência estabelecida.
Nossa preocupação é, se com a retorna tributária, desculpe, reforma tributária, será que os recursos farão o percurso que faziam até o seu destino final ou ficarão mais burocratizadas? Continuaremos à mercê das emendas parlamentares, àquelas aliciadoras de apoios de Prefeitos?
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