O que se sabe sobre caso de açaí envenenado que matou duas crianças no RJ
Duas crianças, identificadas como Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7, morreram envenenados em outubro, após tomarem um açaí, no bairro de Cavalcanti, na zona norte do Rio de Janeiro.
Ythalo foi levado para a UPA de Del Castilho, teve uma parada cardiorrespiratória mas ele não resistiu e faleceu em 1º de outubro. Benjamim também deu entrada na UPA, mas foi transferido para o Hospital Miguel Couto, onde permaneceu internado, mas teve a morte cerebral constatada, em 9 de outubro .
Um homem suspeito de envenenar ambos os meninos, o ex-marido da mãe de Benjamim, identificado como Rafael da Rocha Furtado, de 26 anos, se entregou a polícia na noite da última terça-feira (12), na sede da Delegacia de Homicídios da capital.
No dia do crime, Rafael buscou Benjamim na escola e ofereceu a ele um açaí envenenado. O menino encontrou, a caminho de casa, com Ythalo Tobias Rosa, com quem dividiu a bebida, segundo a Polícia Civil.
Um mandado de prisão temporária foi expedido pela justiça contra Rafael. O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado contra menor de 14 Anos (Lei Henry Borel). Uma perícia do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que as crianças ingeriram chumbinho, os peritos analisaram amostras de sangue e conteúdo estomacal das crianças.
O laudo revela que as substâncias detectadas nas amostras foram: terbufós, além de terbufós-sulfóxido e terbufós-sulfonia (que são produtos de degradação e metabolização do terbufós).
Um laudo preliminar realizada no corpo de Ythallo Raphael já havia apontado a presença de “grânulos de cor amarronzada na traqueia e nos resíduos gástricos”, que indicava ser o que conhecemos como “chumbinho”. Inicialmente, acreditava-se que ambas as crianças tivessem sido envenenadas após comerem um bombom, perto da escola onde estudavam, que teria sido entregue por uma mulher na rua, na comunidade Primavera, em Cavalcante, na zona norte do Rio. Um primo de Ythallo, de 12 anos havia prestado depoimento à Polícia e disse que também teve o doce oferecido pela mulher, mas que não aceitou pois tinha acabado de almoçar e estava sem fome. O menino afirmou que nunca havia visto a mulher que deu os bombons. Porém, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) informou que não foram encontrados nenhum indício dessa mulher. O caso foi registrado na 44ª DP (Inhaúma) e é investigado pela Polícia Civil.
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