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Não haveria motivo para Bolsonaro falsificar cartão de vacina, diz defesa do ex-presidente


Reprodução CNN

A Polícia Federal (PF) investiga possível inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, e outras pessoas. A defesa do ex-chefe de Estado pontuou em nota, entretanto, que “não haveria qualquer motivo” para a prática.
“A contrario sensu do quanto amplamente noticiado na data de hoje, não haveria qualquer motivo para que o Ex-Presidente promovesse ou determinasse a confecção de certificados falsos”, destacaram.

O texto também ressalta que Bolsonaro nunca recebeu qualquer imunizante contra a Covid-19 e que só teria entrado em países que “aceitassem tal condição” ou que pudesse ingressar apenas com a realização de um teste para a doença.

Também reforçaram que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi vacinada em 2021, e que a filha menor do casal não pôde receber imunizantes por uma comorbidade preexistente.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (3), Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente, não descartou hipótese de hackeamento de registro de vacina de Bolsonaro.
“O tema de potencial hackeamento do cartão de vacina do presidente é um tema antigo. Desde 2021 que constaria, em tese, um certificado de vacina em um dia em que ele estava em Brasília, e a vacinação teria acontecido em São Paulo”, lembrou o advogado.
Paulo Cunha Bueno, outro representante do ex-chefe de Estado, pontuou que é de interesse da defesa de que o depoimento à Polícia Federal seja feito “o quanto antes”.

Operação da PF

A Operação Venire, deflagrada nesta quarta-feira (3), investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).

Além da prisão de Cid e da busca e apreensão na casa do ex-presidente, também foram presos Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Planalto, além do secretário municipal de Governo da cidade de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

No total, foram cumpridos seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Todos no âmbito do inquérito das milícias digitais, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Na decisão de Moraes é dito que a Polícia Federal apontou que Mauro Cid, o sargento Luis Marcos dos Reis, ex-integrante da ajudância de ordens, o médico Farley Vinicius Alcântara, o militar Eduardo Crespo Alves e o militar e advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes Barros tentaram inserir dados falsos de doses de vacina contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde e cartões de vacinação falsos para Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel.

“O prosseguimento da investigação identificou que a estrutura criminosa se consolidou no tempo, passando a ter a adesão de outras pessoas, atuando de forma estável e permanente para inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício do então Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO, sua filha L. F. B. e os assessores do ex-Presidente da República, MAX GUILHERME MACHADO DE MOURA e SERGIO ROCHA CORDEIRO, além do próprio MAURO CESAR CID”, destaca o relatório.

A investigação aponta que inserções teriam ficado a cargo do Secretário Municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha. Para apagar os “rastros das condutas criminosas”, especialmente envolvendo Jair Bolsonaro e sua filha, houve participação de Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora do município.


CNN

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