Novo Ensino Médio: Conselho Nacional de Educação aprova mudanças nas diretrizes curriculares para 2025
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou por unanimidade, nesta quinta-feira (7), a resolução que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do Novo Ensino Médio (DCNEMs), em conformidade com a Lei 14.945/2024, sancionada em julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com essa atualização, as escolas podem implementar o novo currículo em 2025 ou, obrigatoriamente, no início do ano letivo de 2026, conforme a estrutura de cada rede de ensino. O Ministério da Educação (MEC) informou que mais de 200 técnicos das secretarias de educação estão em formação para elaborar planos de ação adaptados às necessidades de cada sistema de ensino.
Carga horária ampliada
A Política Nacional de Ensino Médio visa tornar a educação mais atrativa e reduzir a evasão escolar. A nova legislação ampliou a carga horária mínima do ensino médio de 2,4 mil para 3 mil horas, distribuídas em três anos com 200 dias letivos de cinco horas cada.
A carga horária será dividida em dois blocos. O primeiro incluirá as disciplinas obrigatórias, totalizando até 1,8 mil horas, e seguirá a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) com matérias como língua portuguesa, matemática, física, química, inglês, história e geografia. O segundo bloco, destinado aos itinerários formativos, ocupará pelo menos 1,2 mil horas e será composto por disciplinas opcionais que os alunos poderão escolher de acordo com seus interesses e metas de aprendizagem.
Itinerários formativos
A resolução estabelece diretrizes para os itinerários formativos, oferecendo aos estudantes trilhas de aprofundamento em áreas como linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e sociais, ou ainda uma formação técnica e profissional. Os estudantes, com o apoio dos professores, poderão definir seus percursos educacionais em alinhamento com seus projetos de vida.
Novas diretrizes de avaliação
O CNE também incluiu mudanças nas avaliações do ensino médio, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Caberá ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) adaptar as avaliações para as novas diretrizes curriculares.
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