Netanyahu acusa Hamas de alterar termos do cessar-fogo e suspende reunião do gabinete
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de alterar os termos do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (16), Netanyahu afirmou que o gabinete israelense não se reunirá para analisar o acordo até que o grupo palestino retome as condições previamente negociadas.
"O Hamas está tentando extorquir concessões de última hora", declarou Netanyahu, sem fornecer mais detalhes sobre as mudanças exigidas pelo grupo. O acordo, anunciado na quarta-feira (15) com mediação de Egito, Catar e Estados Unidos, previa uma trégua em três fases, incluindo a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, com início no próximo domingo (19).
O Hamas, por sua vez, negou as acusações. Segundo Izzat el-Reshiq, alto funcionário político do grupo, o Hamas permanece comprometido com os termos anunciados pelos mediadores internacionais.
O impasse ocorre em meio a novos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza. Segundo a Defesa Civil local, 73 pessoas morreram desde o anúncio da trégua, incluindo crianças. Israel não confirmou a realização de operações terrestres ou aéreas no enclave.
O chefe da ONU pediu que ambas as partes mantenham o compromisso com o cessar-fogo, destacando a importância de proteger vidas civis e garantir uma resolução pacífica para o conflito.
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