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Navalny diz esperar sentença longa e 'stalinista' em novo julgamento na Rússia


Reprodução

Líder opositor de Putin, que já cumpre pena, irá a tribunal para ouvir nessa sexta-feira (4). Pelas redes sociais, nas quais ele posta com ajuda de advogados, ele pediu ajuda de cidadãos russos.
O líder da oposição russa, Alexei Navalny, disse que espera receber uma sentença "stalinista" de talvez mais 18 anos, em um novo julgamento contra ele.
A sentença do caso, que inclui acusações por terrorismo e financiamento de atividades extremistas, será lida na sexta-feira (4), em um tribunal no qual o líder opositor comparecerá.
Navalny, que é o maior crítico doméstico do presidente Vladimir Putin, já cumpre 11 anos e meio de prisão em uma colônia penal perto de Mosocu por fraude e outras acusações que, segundo ele, foram forjadas para silenciá-lo.
Promotores russos pediram no mês passado mais 20 anos por seis acusações diferentes, incluindo incitação e financiamento de atividades extremistas e criação de uma organização extremista.
Navalny disse que o resultado pode ser um pouco menor, em torno de 18 anos, mas ele afirmou também ter sido ameaçado com acusações de terrorismo que podem trazer mais uma década.
"Vai ser uma sentença longa. O que é chamado de 'stalinista'", disse o homem de 47 anos, que pode postar nas redes sociais por meio de seus apoiadores e advogados.
Nas postagens, Navalny, que na década de 2010 liderou um movimento contra Putin que levou dezenas de milhares de pessoas às ruas do país, disse ainda que se apenas um em cada dez dos russos que se opõem a Putin fosse às ruas, então "o governo cairia amanhã" e a guerra na Ucrânia pararia.
Na prática, no entanto, os russos enfrentam enormes riscos ao se manifestarem. De acordo com o grupo de direitos humanos OVD-Info, quase 20.000 pessoas foram detidas por protestar contra a guerra desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Navalny disse que as pessoas poderiam ajudar doando para seu movimento, espalhando a palavra nas redes sociais, pintando grafites ou indo a um comício - contanto que fizessem pelo menos alguma coisa.
"Não há vergonha em escolher a forma mais segura de resistir. Há vergonha em não fazer nada. É vergonhoso se deixar intimidar. Seja qual for a sentença que planejaram, não atingirá seu objetivo."
Navalny foi detido em janeiro de 2021 depois de retornar da Alemanha, onde foi tratado por uma suspeita de envenenamento.
O Kremlin, que a certa altura o acusou de trabalhar com a CIA para minar a Rússia, disse não ter envolvimento no que aconteceu com ele e nega ter perseguido Navalny.
Fonte: G1

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