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‘Muita coisa estranha ainda está no ar’, diz deputado André sobre carência da CPMI do 8 de Janeiro


Reprodução/Jovem Pan News


A expectativa no Congresso Nacional é de que a leitura do requerimento para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro seja feita até esta quarta-feira, 26. Enquanto isso, lideranças do governo Lula (PT) e da oposição ao Palácio do Planalto travam uma batalha pelo controle do colegiado, que será formado por 16 deputados e 16 senadores. Para falar sobre as movimentações no entorno da instalação da CPMI, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado federal André Fernandes (PL-CE), que é o autor do requerimento para criação do grupo e falou sobre os motivos para parlamentares investigarem os ataques e invasões: “Não estamos lá para fazer showzinho, política ou voltar a repetir o que acontecia na CPI da Covid. Uma verdadeira palhaçada e até um desrespeito com o parlamento e com o povo brasileiro. Mesmo sendo oposição à figura do Lula, o que a gente quer e o que eu propus foi justamente que a verdade aparecesse. Que a verdade fosse esclarecida”.
“Muita coisa estranha ainda está no ar, muitas dúvidas pairam ainda na cabeça do povo brasileiro. Por que no dia 8 de janeiro, quando pessoas tentavam ir até o QG, algumas pessoas de dentro da cúpula do exército tinham dado ordem para não ficar em frente ao QG? De que ali não resolveriam nada e deveriam ir para o Congresso, o Planalto e o STF? (…) Se o GSI avisou e se a Abin informou a pelo menos 48 órgãos do Governo Federal, quais atitudes foram tomadas para evitar aquilo? O que foi que o ministro da Justiça fez? E por que tem gente que sequer pisou na Praça dos Três Poderes e hoje está com tornozeleira eletrônica no pé? E ainda preso, inclusive (…) Para isso que a gente propôs a CPMI, não para fazer palanque eleitoral, a política ainda está longe de acontecer, as eleições estão longe de acontecer. O que a gente quer é simplesmente mostrar verdade e transparência”, argumentou.

O parlamentar ainda falou sobre a composição do colegiado nos bastidores e descartou ocupar a presidência ou a relatoria da CPMI: “Existe uma prática dentro da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, se você puxar por outras CPIs que aconteceram, e o autor primário tem prioridade e prerrogativa ou para presidir, ou para ser relator. No meu caso, eu deixo isso aberto, não tenho vaidade. Obviamente queremos que fique com o Partido Liberal, partido esse que deu partida coletando as assinaturas. O governo quer colocar a maioria para eleger seu presidente. No entanto, no Senado e na Câmara, não é bem assim que funciona. Eles não querem simplesmente entregar para o governo e quebrar uma prática que existe dentro do Congresso Nacional. Por isso está sendo conversado. Lira tem o entendimento de que precisa colocar na presidência alguém mais ao Centro. Por exemplo, estão falando nos bastidores de colocar o André Fufuca, que hoje é líder do PP na Câmara dos Deputados”.

“A última CPMI foi presidida por um senador, então existe o entendimento de que essa CPMI de agora deva ser presidida por um deputado federal”, ponderou Fernandes. Investigado no STF justamente por suspeita de incentivo aos atos do 8 de Janeiro, o deputado também se defendeu de tais acusações, disse que esperava que a manifestação contra o governo Lula fosse pacífica e que sua postagem sobre o assunto não passou de uma crítica a Alexandre de Moraes: “No dia 8 de janeiro, após já estar acontecendo todo aquele quebra-quebra, o que eu fiz foi uma crítica contra o ativismo judicial. Onde eu coloquei a foto de um vândalo segurando a porta do ministro Alexandre de Moraes, e fiz uma crítica ao ativismo judicial dizendo ‘Quem vai preso?’, tendo em vista que não precisa mais ter tipificação penal para Alexandre de Moraes mandar prender ou mandar soltar de acordo com o que ele bem entender. Esse é o motivo do deputado André Fernandes estar sendo investigado por supostamente ter incentivado. No dia 8 ainda falei, enquanto acontecia o quebra-quebra que eu não concordava com depredação do patrimônio público.


JovemPan

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