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Moraes atende pedido da PGR e PF investiga doações a Bolsonaro via Pix


Reprodução

A Polícia Federal vai investigar as doações realizadas via Pix para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A apuração foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido feito pela Procuradoria Geral da República (PGR).
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro do governo federal, levantou suspeitas sobre a campanha realizada em prol de Bolsonaro, que resultaram na arrecadação de R$ 17,2 milhões via Pix para a conta pessoal do ex-presidente nos primeiros seis meses do ano.
Os dados do Coaf mostram ainda que entre 1º de janeiro e 4 de julho, Bolsonaro recebeu mais de 769 mil transações por meio do Pix que totalizaram R$ 17.196.005,80. O valor corresponde à quase totalidade do movimentado pelo ex-presidente no período, de R$ 18.498.532,66.
Os filhos e aliados políticos de Bolsonaro deram início à vaquinha sob alegação que ela serviria para levantar dinheiro destinado ao pagamento de multas aplicadas e eventuais novas punições por ter desrespeitado o uso obrigatório de máscara em espaços públicos durante o auge da pandemia de covid-19.
Mas o valor arrecadado supera e muito os valores das multas. Bolsonaro, que chegou a se recusar a divulgar quanto havia recebido, disse que usaria o dinheiro para também pagar despesas pessoais. Ele ainda recorreu das multas, que foram usadas como motivo para a vaquinha. O Coaf apontou que a maior parte dos R$ 17 milhões arrecadados estão em aplicações financeiras.

PGR quer saber se vaquinha está relacionada ao inquérito das milícias digitais
As informações do Coaf foram repassadas à CPMI do 8 de janeiro. A partir dos dados do órgão de fiscalização, parlamentares pediram ao STF que Bolsonaro fosse investigado no caso da vaquinha feita por seus apoiadores.
Em seu parecer ao STF, o subprocurador Carlos Frederico Santos defendeu que o caso fosse enviado para a PF para que os investigadores pudessem apurar se há conexão entre a “vaquinha” para o ex-presidente e o inquérito das milícias digitais, relatado por Moraes.
A PGR quer saber especialmente se as transações atípicas, noticiadas pelo Coaf à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro, foram realizadas por doadores envolvidos na organização criminosa investigada no inquérito das milícias digitais.
A defesa de Jair Bolsonaro alegou, na época da divulgação das informações pelo Coaf, em julho deste ano, que os valores arrecadados são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por simpatizantes do ex-presidente, com origem “lícita”. Leia a íntegra:
“A defesa do presidente Jair Bolsonaro tomou ciência, na data de hoje, do vazamento de informações bancárias de seu cliente, contidas em relatório emitido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras. A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal no capítulo das garantias individuais do cidadão.
Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita. Por derradeiro, a defesa informa, ainda, que nos próximos dias tomará as providências criminais cabíveis para apuração da autoria da divulgação de tais informações.”
Fonte: O Tempo

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