Minha Casa, Minha Vida vai entregar até 3 milhões de imóveis até 2026, afirma governo

O programa “Minha Casa, Minha Vida” está sendo ampliado com a meta de entregar quase 3 milhões de imóveis até o final de 2026, segundo o ministro das Cidades, Jader Filho. A reformulação do programa habitacional agora inclui uma nova faixa de renda, voltada para famílias com ganhos mensais de até R$ 12 mil.

A decisão de ampliar o público beneficiado surgiu a partir de um pedido do presidente Lula, especialmente diante da fragilidade atual do mercado imobiliário. O ministro explicou que a alta dos juros tem afastado recursos da poupança – principal fonte de financiamento habitacional – o que poderia deixar a classe média desassistida.

Com isso, foi criada a chamada “Faixa 4” do programa, oferecendo condições mais acessíveis: taxas de juros de 10,5% ao ano (abaixo das taxas praticadas por instituições como a Caixa e o Itaú) e prazos de financiamento de até 420 meses.

Segundo estimativas do Ministério das Cidades, apenas neste ano, cerca de 120 mil famílias poderão ser atendidas por meio dessa faixa, com um aporte de R$ 30 bilhões.

Inicialmente, a meta era entregar 2,5 milhões de moradias, mas com a reavaliação, o número pode se aproximar dos 3 milhões de imóveis até 2026.

A iniciativa faz parte dos esforços do governo federal para enfrentar o déficit habitacional no país e, ao mesmo tempo, impulsionar o setor da construção civil, que tem papel fundamental na geração de empregos e no crescimento econômico.

Com a inclusão da classe média, o “Minha Casa, Minha Vida” passa a se posicionar não apenas como um programa de combate à pobreza, mas como uma política pública abrangente voltada à moradia digna para diversos perfis de renda.