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Mineração Sustentável: Minas Gerais Investe em Pesquisas de Lítio para Desenvolvimento Econômico

O lítio, mineral estratégico tanto na política mineira quanto global para uma transição energética sustentável e ambientalmente responsável, tem se destacado como um aliado crucial para o futuro da mineração em Minas Gerais.

Com o objetivo de promover a atividade de forma responsável e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico, o Governo de Minas tem aumentado significativamente os investimentos em pesquisas relacionadas à extração do lítio. Nos últimos três anos, os aportes para esse fim aumentaram 14 vezes.

Apenas em 2023, mais de R$ 6,6 milhões foram investidos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), em estudos voltados para o mineral. Projetos com essa temática têm prioridade para financiamento, recebendo pontuações extras em sete chamadas lançadas pela Fundação entre 2022 e 2023.

Um desses estudos promissores é coordenado pelo pesquisador Ricardo Campos, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Sua pesquisa, intitulada "Identificação e caracterização morfofuncional de espécies vegetais com potencial de fitorremediação e recuperação de áreas degradadas por mineração de lítio", investiga o cultivo de plantas para regenerar áreas impactadas pela mineração, utilizando o silicato de alumínio, um dos principais rejeitos da extração de lítio.

Os estudos realizados nos municípios mineiros de Araçuaí e Divisa Alegre contam com a colaboração da Companhia Brasileira de Lítio (CBL) e de professores e estudantes da UFV. Campos destaca que algumas espécies vegetais, como o tremoço branco e o feijão de porco, têm apresentado desenvolvimento satisfatório no silicato de alumínio, mostrando potencial para contribuir na regeneração vegetal de áreas degradadas.

Além das pesquisas acadêmicas, o governo mineiro tem buscado fortalecer a cadeia produtiva do lítio através de parcerias estratégicas. O governador Romeu Zema recentemente anunciou um aporte adicional de R$ 1 bilhão para fortalecer o ecossistema mineiro de inovação até 2026, evidenciando o compromisso com o estímulo à ciência, tecnologia e inovação.

Embora o lítio seja considerado um metal verde devido à sua produção com baixa emissão de carbono e resíduos, a obtenção comercial ainda requer atividades de mineração e beneficiamento químico. No entanto, o silicato de alumínio, principal rejeito da extração, não é altamente tóxico e apresenta níveis satisfatórios de nutrientes essenciais para as plantas.

Para Vinícius Alvarenga, diretor da CBL, o investimento em pesquisa é fundamental para o desenvolvimento sustentável de Minas Gerais, contribuindo não apenas para a otimização de processos na empresa, mas também para a sustentabilidade ambiental das áreas onde atua.

O Vale do Lítio, projeto implementado há um ano no Estado, no Vale do Jequitinhonha, é um exemplo concreto desse desenvolvimento. O complexo industrial e tecnológico dedicado à extração, processamento e pesquisa do mineral já atraiu R$ 5,5 bilhões em investimentos privados, gerando 10 mil empregos diretos e indiretos. Este projeto demonstra o potencial de Minas Gerais na liderança da cadeia produtiva do lítio, promovendo inovação e crescimento econômico sustentável.
Fonte: agencia Minas

Gazeta de Varginha

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