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Minas Gerais enfrenta risco de novas tragédias com barragens abandonadas e sem manutenção, alerta estudo


Reprodução
O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que deixou um rastro de destruição e mortes, reacendeu o debate sobre a eficiência da fiscalização da mineração no Brasil.

Especialistas alertam que o problema pode ser ainda mais grave no futuro, caso envolva empresas de pequeno porte, desativadas ou até falidas, sem recursos para arcar com os danos de um desastre.

Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), as barragens mais vulneráveis de Minas Gerais pertencem a empresas inativas. Um exemplo crítico é a barragem da Mina Engenho, localizada em Rio Acima e operada pela Mundo Mineração, que suspendeu suas atividades há mais de seis anos.

Sem manutenção desde então, a única sinalização no local são placas alertando sobre a presença de substâncias tóxicas, como arsênico e mercúrio, usadas na extração de ouro.““Embora a situação da Mina Engenho seja a mais grave, ela está longe de ser isolada.

Outras duas minas desativadas, segundo apuração, apresentam riscos maiores do que a barragem da Vale em Brumadinho antes de seu rompimento. Essa questão já está sendo investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais, que busca identificar responsabilidades e prevenir novos desastres.““Em 2016, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) identificou cerca de 400 minas abandonadas ou desativadas em Minas Gerais, algumas das quais possuem barragens sem relatórios de segurança atualizados.

Entre os casos mais preocupantes estão as estruturas da Mundo Mineração, Minar Mineração Aredes e Topázio Imperial Mineração.
Para especialistas, o risco iminente dessas barragens é uma bomba-relógio ambiental.

O professor Carlos Martinez, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), descreve a situação como "desesperadora". "O custo de um desastre ambiental e social causado por essas minas abandonadas será inevitavelmente pago pelo poder público. Muitas dessas empresas já nem existem mais, o que deixa o estado à beira do colapso," alerta.

Além do impacto ambiental, um possível rompimento dessas barragens colocaria em risco milhares de vidas, afetaria comunidades locais e comprometeria a economia do estado.

Os especialistas defendem que medidas urgentes, como a manutenção preventiva e a monitorização constante, sejam tomadas para evitar tragédias.
O debate sobre a responsabilidade ambiental no setor de mineração é urgente, especialmente em um estado como Minas Gerais, que possui uma das maiores concentrações de barragens do país. Sem ações efetivas, a conta pode chegar de forma devastadora.

Fonte:CorreiodoPovo

Gazeta de Varginha

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