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Metas de carbono atrasadas? Lula posterga compromissos setoriais para o próximo ano!

Fogo
Foto: Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu postergar para julho de 2025 o anúncio das metas específicas de redução de emissões de carbono para setores econômicos, como a indústria e o agronegócio. A escolha foi feita em conjunto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, após reuniões com representantes do governo e da economia. Este movimento visa evitar uma pressão excessiva sobre as negociações climáticas, especialmente em relação aos compromissos a serem firmados na COP29, evento internacional sobre mudanças climáticas.
A expectativa de setores econômicos era que o governo brasileiro antecipasse compromissos específicos antes da definição de uma meta geral de longo prazo, estipulada para 2035. No entanto, a decisão final foi anunciar um objetivo geral que envolva todos os setores econômicos, visando uma negociação mais abrangente e consensual. Assim, a meta principal de redução de emissões para o Brasil será de 59% a 67% até 2035, o que representa uma diminuição que vai de 850 milhões a 1,05 bilhão de toneladas de emissões de CO₂ equivalente nos próximos 11 anos. Esse objetivo é significativamente mais ambicioso em comparação com a meta anterior, que estipulava uma redução de 50% até 2030.
Apesar de críticas de alguns grupos ambientais, o Ministério do Meio Ambiente argumenta que a meta atual é ambiciosa e será perseguida com intensidade. O governo também projeta que o detalhamento setorial de cada setor econômico será abordado no Plano Clima, documento planejado para ser divulgado em julho de 2025. A decisão reflete a busca de um equilíbrio entre as necessidades de desenvolvimento econômico e os compromissos ambientais, considerando a complexidade dos setores envolvidos e o cenário de negociações internacionais.

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