Neste domingo (1º), o Massacre de Paraisópolis completa cinco anos sem a definição de punições para os 12 policiais acusados pelas mortes de nove jovens durante uma operação no Baile da DZ7, em 2019. Familiares das vítimas realizaram um ato em frente ao Palácio dos Bandeirantes, cobrando justiça e mudanças no comando da segurança pública.
As manifestações incluíram o lançamento de um site com uma linha do tempo do caso, relatórios sobre a violência policial e uma central de denúncias. Com faixas que pediam paz e justiça, os participantes percorreram a Rua Nabih Assad Abdalla, enquanto agentes bloquearam os acessos ao Palácio do Governo.
Cristina Quirino, mãe de Denys Henrique Quirino, destacou que a cobrança vai além dos policiais diretamente envolvidos: “Não é só quem executa. Quem manda também tem que ser punido.”
Relatórios da Defensoria Pública e análises científicas apontam que as vítimas morreram por asfixia mecânica, contrariando a versão da Polícia Militar de que os óbitos foram causados por pisoteamento. A investigação detalhou que os jovens foram encurralados em uma viela durante a ação. João Doria era o governador do estado, à época do massacre.
Apesar da primeira audiência de instrução ter ocorrido em 2023, o caso segue sem solução, mantendo a violência policial como pauta urgente.
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