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Mais da metade das mulheres enfrentam violência antes dos 25 anos, aponta pesquisa

Mulher negra
Foto: Reprodução
Um levantamento nacional realizado pelo DataSenado em parceria com a Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados e o Observatório da Mulher Contra a Violência revelou que 53% das mulheres negras no Brasil que enfrentaram violência doméstica passaram pela primeira agressão antes dos 25 anos. A pesquisa destacou a gravidade da violência contra esse grupo, o mais vulnerável no país.
Entre as formas de violência relatadas, 87% das vítimas sofreram agressões psicológicas, 78% físicas, 33% patrimoniais e 25% sexuais. O estudo ainda revelou episódios específicos, como 18% das mulheres que enfrentaram falsas acusações, 16% que foram insultadas ou humilhadas, e 10% que receberam ameaças diretas.
O levantamento foi realizado entre agosto e setembro de 2023, com 13.977 mulheres negras de 16 anos ou mais. O recorte racial é particularmente importante, já que 62% das vítimas de violência sexual registradas no Sistema Nacional de Segurança Pública (Sinesp) em 2022 eram pretas ou pardas. Além disso, entre as 3.373 mulheres assassinadas no mesmo ano, 67% eram negras.
Busca por ajuda e desafios no acolhimentoEmbora 55% das vítimas tenham procurado ajuda policial, apenas 28% solicitaram medidas protetivas, e em quase metade dos casos essas medidas foram descumpridas. Muitas buscaram apoio em redes de confiança, como família (60%), igreja (45%) e amigos (41%), enquanto 32% recorreram a delegacias comuns e 23% às Delegacias da Mulher.
Milene Tomoike, analista do Observatório da Mulher Contra a Violência, destacou a necessidade de políticas públicas mais eficazes. “Os dados evidenciam o ciclo de silenciamento e a dificuldade de romper com a violência. Fortalecer serviços especializados e ampliar o acesso a proteção são passos essenciais para acolher e proteger essas mulheres,” afirmou.
O estudo reforça a importância de ações preventivas e de proteção, além do fortalecimento de políticas públicas que garantam um suporte mais robusto para vítimas de violência.

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