Líder do MST que ameaçou invasão de terras integra comitiva de Lula à China e defende mais ocupações
Na comitiva brasileira que cumpre agenda em missão oficial do governo à China está também o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile. Recentemente, em vídeo publicado nas redes sociais, o ativista fez ameaças de invasões em propriedades rurais, afirmando que ocupações estão programadas para acontecer nos próximos dias. Embora esteja ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem ao país asiático, o nome de Stédile não consta na lista de integrantes da comitiva oficial que acompanhou o presidente, divulgada pelo governo.
Em vídeo divulgado nas redes sociais para divulgar o chamado “Abril Vermelho”, um conjunto de ações programadas pelo MST pela defesa à reforma agrária, Stédile disse que invasões de terras também estão planejadas. As declarações repercutiram mal entre entidades representantes do agronegócio e a bancada ruralista no Congresso, que acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal de Contas da União (TCU) e o procurador-geral da República, Augusto Aras.
Questionado pelo portal Metrópoles durante o evento na China sobre as ameaças de ocupações, Stédile disse que elas irão acontecer não só no mês de abril. “Vai acontecer, não só em abril, mas porque é a forma das mobilizações pressionarem pra que se aplique a lei da reforma agrária que está na Constituição brasileira”. Diante da presença do líder do MST na viagem presidencial mesmo após as ameaças de invasão de terras, representantes do agronegócio se manifestaram. “Nada é por acaso. Como eu venho dizendo, tem método”, disse o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), em seu perfil nas redes sociais. “Um terrorista posando na foto oficial da comitiva presidencial é simplesmente um tapa na cara”, criticou o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS).
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