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Lula É Convencido a Contenção de Gastos, Mas Irresponsabilidades Fiscais Preocupam

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, afirmaram nesta quinta-feira (18) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convencido sobre a necessidade de conter os gastos do governo. Lula declarou em entrevista à TV Record na terça-feira (16) que precisava ser convencido sobre os cortes, e a fala vazou no mercado financeiro antes da publicação pela emissora, causando turbulência.
“Ele foi convencido lá atrás. Hoje foi fácil”, disse Simone Tebet. “Se estamos dando o anúncio, é porque foi convencido”, declarou Fernando Haddad a jornalistas.
As declarações foram feitas no Palácio do Planalto após uma reunião de Lula com a Junta de Execução Orçamentária (JEO), composta por Haddad, Tebet, Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão). Haddad anunciou uma contenção de R$ 15 bilhões nas despesas do governo para cumprir o arcabouço fiscal deste ano. Serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio, devido a gastos acima do limite de 2,5% previsto pelo arcabouço, e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento por frustração de receitas, resultante de pendências junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Senado, já que a decisão sobre a compensação da desoneração da folha de pagamentos ficou para setembro.

A hesitação de Lula em ser convencido sobre a necessidade de cortes reflete uma postura preocupante de irresponsabilidade fiscal. Em um país com sérias limitações orçamentárias, a relutância do presidente em reconhecer a importância do controle de gastos pode ter consequências graves para a economia. Gastos excessivos sem a devida compensação podem levar a um aumento da dívida pública, elevando os juros e pressionando a inflação, o que afeta diretamente o poder de compra da população e a estabilidade econômica.
A falta de um compromisso claro com a disciplina fiscal pode gerar desconfiança entre investidores, desvalorizando a moeda e dificultando o financiamento de projetos essenciais para o desenvolvimento do país. Além disso, a incerteza sobre a política econômica pode levar a uma fuga de capitais, prejudicando ainda mais a economia.
A decisão de Lula em finalmente aceitar a contenção de gastos é um passo na direção certa, mas é crucial que haja um compromisso contínuo com a responsabilidade fiscal para garantir a sustentabilidade das finanças públicas e a confiança dos mercados.

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