Lula retorna ao Planalto enfrentando desafios políticos e econômicos
Lula deve retornar ao Planalto em meio a turbulências políticas e econômicas
Após semanas afastado devido a um sangramento intracraniano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve retomar suas atividades no Palácio do Planalto na segunda-feira, 6 de janeiro. O retorno coincide com desafios no mercado financeiro, pressões por uma reforma ministerial e o impasse sobre as emendas parlamentares.
Lula foi internado em 9 de dezembro e passou por duas cirurgias de emergência em São Paulo. Após alta no dia 15, recuperou-se em casa e, posteriormente, alternou-se entre o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto para reuniões de trabalho.
Emendas parlamentares travadas
O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso não chegaram a um consenso sobre as emendas parlamentares. Em dezembro, o ministro Flávio Dino autorizou apenas a liberação de recursos necessários para gastos obrigatórios em saúde, bloqueando o restante devido à falta de transparência do Congresso. O impasse provocou o adiamento da votação do orçamento de 2025, levando o governo a operar com o "duodécimo".
Mercado financeiro sob tensão
A economia também enfrenta desafios. O mercado reagiu mal às medidas anunciadas em dezembro, como a isenção de IR para rendas de até R$ 5 mil. O dólar chegou a R$ 6,16 nesta quinta-feira, 2. Embora Lula tenha declarado satisfação com os resultados econômicos, ele demonstrou preocupação em buscar uma relação mais harmônica com o mercado financeiro.
Reforma ministerial em pauta
Aliados de Lula apontam para uma reforma ministerial no primeiro semestre de 2025. Alterações podem refletir o desempenho nas eleições municipais de 2024 e a nova configuração do Congresso. No almoço com ministros em dezembro, Lula sinalizou descontentamento com a comunicação do governo, indicando possível substituição do ministro Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira.
O retorno de Lula ao Planalto será marcado por negociações políticas intensas, com o objetivo de destravar as pautas prioritárias e reorganizar sua base de apoio para os próximos desafios.
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