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Lula provoca candidato da extrema-direita da Argentina Javier Milei


Reprodução

A poucos dias das eleições na Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou, na terça-feira (14), suas expectativas sobre o pleito. Ao abordar o cenário eleitoral que se desenha para o próximo domingo no país vizinho, Lula enfatizou a importância de o futuro presidente argentino demonstrar apreço pela democracia e pelo Mercosul.
Nesse contexto, sem mencionar nominalmente nenhum dos postulantes, o líder petista expressou sua inclinação pelo candidato governista e atual ministro da Economia, Sergio Massa. Em seguida, transmitiu um recado indireto ao oponente da extrema-direita, Javier Milei, cujo discurso radical defende: o rompimento das relações comerciais bilaterais entre as nações, a retirada da Argentina do Mercosul, a extinção do Banco Central do país e a dolarização da economia.
“A gente precisa estar juntos. Se a gente briga, a gente não vai a lugar nenhum. Eu só queria pedir ao povo argentino: na hora de votar, pense na Argentina. É soberano o voto de vocês, mas pense um pouco no tipo de América do Sul que querem criar, do tipo de América Latina que querem criar, e do tipo de Mercosul que querem criar. Juntos seremos fortes, separados nós seremos fracos”, afirmou.
A afirmação foi feita durante a transmissão ao vivo semanal "Conversa com o presidente", realizada nesta terça-feira (14). Na ocasião, Lula expressou sua esperança de que, no momento de votar, os argentinos considerem os empregos gerados pelo Brasil na Argentina e vice-versa. Além disso, enfatizou a importância da parceria comercial entre os dois países, ressaltando a possibilidade de "crescimento conjunto".
“Para isso, é preciso ter um presidente que goste de democracia e respeite as instituições e goste do Mercosul, que goste da América do Sul”, pontuou. Em seguida, defendeu a ideia de que o bloco econômico, no qual Brasil e Argentina são membros, está envolvido nas negociações do acordo Mercosul-União Europeia, nas discussões com a China, e também na busca por um tratado comercial com os Estados Unidos.
Em meio a uma corrida eleitoral permeada pela polarização política entre esquerda e direita, as pesquisas de intenção de voto na Argentina indicam um empate técnico entre os candidatos. Dessa forma, o cenário permanece incerto, trazendo um grau significativo de imprevisibilidade para o desfecho do pleito.
“Nós precisamos um do outro, estar junto, sem divergência. Quando a gente tiver divergência, a gente se senta numa mesa e negocia e acaba com a divergência. Foi assim que convivemos com a Argentina até agora. Eu não posso falar de eleição da Argentina, porque é um direito soberano do povo da Argentina, mas eu queria pedir para vocês que vocês lembrem que o Brasil precisa da Argentina e que a Argentina precisa do Brasil”, declarou.
As eleições na Argentina têm gerado considerável apreensão no governo Lula. Diplomatas brasileiros, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm evitado fazer comentários sobre o pleito argentino devido ao receio de uma vitória de Javier Milei. Alberto Fernández visitou o Brasil diversas vezes este ano em busca de apoio político e financeiro, mas enfrenta a impopularidade em meio a desafios econômicos significativos no país, como a hiperinflação e as elevadas taxas de desemprego.
Marqueteiros brasileiros que fizeram a campanha do petista Fernando Haddad para o governo de São Paulo em 2022, inclusive, foram contratados pela equipe de Sergio Massa. Essa relação tem sido usada como artilharia por Milei que tenta pregar no eleitor que Lula está interferindo na corrida eleitoral argentina.
Fonte: O Tempo

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