O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na quarta-feira (8) que a tragédia climática no Rio Grande do Sul é “um aviso” de que a “Terra está cobrando” um preço pelas ações humanas no planeta. E, segundo ele, isso precisa ser levado em conta.
“Sinceramente, eu não sei o que Deus está pensando. Não sei o que aconteceu no planeta Terra. O que aconteceu no Rio Grande do Sul é um aviso para todos nós seres humanos: nós precisamos ter em conta que a Terra está cobrando”, declarou o petista durante evento no Palácio do Planalto.
Na quarta-feira, o governo federal anunciou R$ 18,3 bilhões em obras do novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Parte será destinada à prevenção a desastres naturais, como o que assola o Rio Grande do Sul, onde mais de 80% dos municípios já foram afetados pelas enchentes, com 95 mortos, 128 desaparecidos e 372 feridos, conforme o mais recente balanço da Defesa Civil.
Do total destinado à nova fase do PAC, R$ 1,7 bilhão irão para as obras de prevenção, com construções de encostas em 91 municípios. O governo federal informou que “todas as propostas de obras de contenção de encostas enviadas pelo Estado (Rio Grande do Sul) foram contempladas”.
“As seleções priorizam a melhoria na qualidade de vida no campo e nas cidades e levam em conta a superação de cenários adversos da emergência climática para oferecer melhores condições de vida para a população e contribuir para a redução das desigualdades regionais”, diz em nota o Ministério das Cidades.
Além de prevenção, o dinheiro irá para obras de saneamento, urbanização de favelas e casas populares, além da renovação de frotas de ônibus e componentes de transporte sobre trilhos, como composições de metrô.
O maior investimento será na renovação de frotas do transporte público: R$ 10,5 bilhões. Serão comprados 2.529 ônibus elétricos, 2.782 do modelo Euro 6, mais sustentável, e 39 veículos sobre trilhos para o transporte urbano, que vão atender 98 municípios.
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