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Lula cobra empenho de Alckmin e Haddad na articulação política


Em meio à crise na articulação política do governo federal com o Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou de vários ministros para que eles entrem em campo para “conversar mais” com deputados e senadores.

Dessa forma, o petista pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja "mais ágil", e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “deixe de ler livro”.

"O Alckmin tem que se mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara”, afirmou.

Na sequência, o petista incluiu na cobrança o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, para conversarem com diferentes bancadas do Congresso Nacional. “O Wellington, o Rui Costa, passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”.

Na fala, Lula não citou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A pasta do auxiliar é responsável pela articulação política, bem como tem como atribuição fazer o acompanhamento e autorização da liberação de emendas.
Nas últimas semanas, a tensão na articulação política escalou a tal ponto que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamou Padilha e “desafeto pessoal” e “incompetente”. Em resposta, o ministro respondeu que “não desceria e esse nível” e que não “guarda rancor” de Lira.

Em meio as pressões do presidente da Câmara e do Centrão para troca de Padilha, Lula entrou em campo e disse publicamente que “só de teimosia” o auxiliar ficaria no cargo de ministro.

Em reação ao Palácio do Planalto, o Congresso Nacional ameça pautar as chamadas pautas-bombas, que são projetos de lei que podem inflar ainda mais os gastos públicos. A principal delas é Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta salário de juízes e promotores. A PEC do Quinquênio, como é conhecida, terá custo anual de cerca de R$ 40 bilhões.

Lula convocou uma reunião emergencial com os líderes de governo no Palácio do Planalto na última sexta-feira (19) para melhorar a articulação política.
A cobrança de Lula aos auxiliares nesta segunda-feira ocorreu durante lançamento do programa Acredita, cujo que vai facilitar o crédito e renegociar dívidas para MEIs, pequenas e microempresas.

A iniciativa foi criada por meio de uma Medida Provisória (MP), que foi assinada durante a solenidade e que será publicada na edição de terça-feira do Diário Oficial da União (DOU). A partir da publicação, a MP terá validade imediata. Deputados e senadores terão 120 dias para votar a matéria, caso contrária a MP caduca, ou seja, perde validade.

Na ocasião, o petista destacou que a validade da MP vai precisar ser negociada com deputados e senadores. Ele lembrou que não tem maioria no Congresso Nacional e que, por causa disso, é preciso conversar e negociar com todos os parlamentares.

"É difícil, mas a gente não pode reclamar, a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política", declarou.

O papel de Alckmin e de Haddad na Esplanada dos Ministérios
Alckmin é filiado ao PSB e tem recebido em seu gabinete tanto políticos ligados a bancada evangélica, quanto setores ligados da indústria e comércio.

Já Fernando Haddad tem acumulado o papel de ministro da Fazenda e também de articulador político. Ele, inclusive, antecipou em um dia o retorno dele ao Brasil, após cumprir agendas nos Estados Unidos, para se envolver nas negociações das pautas econômicas do governo federal.
Fonte: O Tempo

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