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Lira defende Campos Neto em meio a críticas de Lula: 'Tem a nossa confiança'


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, alvo de desaprovação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela taxa de juros (atualmente no patamar de 10,5% ao ano).

Na avaliação de Lira, são injustas as críticas a Campos Neto no sentido técnico.
“Campos Neto é um presidente que tem a nossa confiança e que nunca se deixou pressionar nem ter uma imagem distorcida por um posicionamento. É muito respeitado”, disse em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada na quinta-feira (18).

“São embates que nem o presidente do BC nem o presidente da República deveriam entrar. A independência do Banco Central foi um projeto aprovado logo no primeiro mês de mandato [como presidente da Câmara]. Eu continuo defendendo. Penso que a saúde financeira e monetária de um país precisa de um Banco Central independente, inclusive descolado dos mandatos presidenciais”, declarou.

Lira reafirmou que, em sua visão, “é correto” o modelo de autonomia do BC, criado com o objetivo de blindar o órgão de pressões político-partidárias. “Se precisar ajustar, nós ajustaremos. Tem a possibilidade da autonomia financeira do Banco Central, em tramitação no Senado. O BC não pode estar perdendo quadros para a iniciativa privada como vem acontecendo. Esse é um tema que eu acho que é caro para o Congresso Nacional”.

Sobre as críticas a Campos Neto, que fogem do campo técnico e entram no debate político, Lira disse, ainda na entrevista: “No governo que em tese o indicou, quanto era a taxa de juros na eleição? Por que não baixou o juros na eleição? Já fiz alguns apelos para que, como primeiro presidente independente do Banco Central, não se deixe, em hipótese nenhuma, levar por pressão ou por posições políticas. O BC tem que agir com independência, pensando em garantir uma economia boa, com moeda estável, com taxa de juros compatível”.

Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para um mandato de quatro anos que será encerrado em dezembro.

Metade desse período, porém, está sendo cumprido no governo Lula. O petista deve indicar nos próximos meses o sucessor para o comando do BC, que deve ter o nome aprovado pelo Senado.
Fonte: O Tempo

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