Lavouras de café são queimadas por fogo que castiga a Serra do Macaco
As lavouras de café estão sendo severamente afetadas pelos incêndios que atingem a Serra do Macaco, localizada entre Ilicínea e Guapé (MG). Um dos produtores perdeu uma plantação de nove hectares, com especialistas alertando que os prejuízos serão sentidos por anos. Entre janeiro e agosto, Minas Gerais já registrou mais de 20 mil focos de incêndio.
Edilar Antônio Lima, um produtor de café com mais de 50 anos de experiência, relatou os esforços de familiares, amigos e vizinhos para combater o fogo, além do apoio da Polícia Militar e de brigadistas enviados pela prefeitura de Guapé. No entanto, as chamas foram intensas, e os danos foram inevitáveis. Ele expressou a frustração e ansiedade devido à seca prolongada, que já dura mais de 120 dias.
Fernando Rodrigo Benjamin, outro produtor da região, viu sua situação se agravar ainda mais, com nove dos seus 19 hectares de café destruídos. Ele estima que perderá a produção de cerca de 350 sacas de café em 2025 e 2026, resultando em enormes prejuízos. Agora, Fernando enfrenta a incerteza de recomeçar do zero, com a perspectiva de que sua lavoura pode demorar três anos ou mais para se recuperar totalmente.
O agrônomo Lucas Bartelega explicou que a recuperação de uma lavoura mais adulta pode ser possível por meio de poda drástica e equilíbrio nutricional do solo, mas o processo é longo e complexo, com perdas iniciais significativas.
Enquanto isso, bombeiros, brigadistas e voluntários estão lutando contra as chamas desde domingo, tentando evitar que o fogo se alastre para o Parque do Paredão, uma área de preservação em Guapé, conhecida por sua cachoeira, que atrai turistas e tem grande importância cultural e econômica para o município.
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