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Juros bancários sobem e atingem 42,3% ao ano em janeiro, segundo BC

Os juros médios cobrados pelos bancos no Brasil seguem em alta, atingindo 42,3% ao ano em janeiro de 2025 nas concessões de crédito livre. De acordo com o Banco Central (BC), esse aumento representa uma elevação de 1,6 ponto percentual no mês e 4,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

A taxa média de juros para empresas subiu para 24,2% ao ano, um acréscimo de 2,5 pontos percentuais em relação a dezembro de 2024. Já para as famílias, o custo do crédito ficou ainda mais elevado, chegando a 53,9% ao ano, com um crescimento de 0,8 ponto percentual no mês e 1,6 p.p. em 12 meses.

Entre os principais fatores para essa alta nos juros das famílias estão o aumento do crédito pessoal não consignado, que subiu 5,3 p.p., e o financiamento para aquisição de veículos, que teve um acréscimo de 2 p.p. Além disso, a maior utilização do cartão de crédito rotativo contribuiu significativamente para o encarecimento dos empréstimos.

No setor empresarial, as taxas médias de juros dispararam em operações como o cartão de crédito rotativo, que registrou um aumento expressivo de 103,1 p.p., e o capital de giro com prazos inferiores a um ano, que teve um acréscimo de 9,3 p.p.

Mesmo com o aumento dos juros, o saldo das operações de crédito no Brasil se manteve estável em janeiro, somando R$ 6,5 trilhões. O crédito para pessoas físicas cresceu 1,2% no mês, enquanto para empresas houve uma queda de 1,8%.

A inadimplência também teve leve alta. No crédito livre, os atrasos acima de 90 dias subiram para 4,4% da carteira. O comprometimento de renda das famílias com dívidas também cresceu, atingindo 26,8% – o maior nível desde outubro de 2023.

Para os especialistas, a manutenção de juros elevados dificulta o acesso ao crédito e impacta diretamente o consumo e o crescimento econômico. O Banco Central segue monitorando os indicadores para avaliar possíveis ajustes na política monetária nos próximos meses.

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Gazeta de Varginha

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