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Jogo do Tigrinho: Golpes Milionários e o Silêncio da Empresa Criadora“Joguei o jogo e a plataforma não me pagou. Zerou minha banca.”


“Conseguiram acabar com a minha vida. Arrecadam dinheiro às custas de roubar tudo o que a pessoa tem.”


Esses relatos estão entre dezenas de comentários nas redes sociais da PG Soft, uma empresa de softwares sediada em Malta, no sul da Europa. Embora muitas queixas venham do Brasil, usuários de países como Tailândia, Indonésia, China, Filipinas e Coreia do Sul também apontam problemas com o Fortune Tiger, conhecido no Brasil como Jogo do Tigrinho.


O game, um caça-níquel para celulares, virou febre no Brasil e está no centro de investigações sobre golpes milionários. Apesar de ser ilegal no país, o jogo é acessado por meio de casas de apostas estrangeiras. Influenciadores ajudaram na popularização, divulgando estratégias para “ganhar” no jogo, mas investigações apontam que muitos atuavam sob orientação de criminosos.


Em Alagoas, a operação Game Over prendeu cinco influenciadores ligados a golpes usando o Jogo do Tigrinho, apreendendo veículos de luxo como Porsche e Land Rover. Em Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Pará, operações similares expuseram prejuízos de vítimas de diferentes classes sociais. Em um caso, uma pessoa perdeu R$ 730 mil em uma versão falsa do jogo.


As versões falsas simulam apostas, mas impedem o saque dos valores investidos. Embora não haja evidências de que a PG Soft esteja envolvida nos golpes, a empresa recebe constantes reclamações. Em resposta, lançou uma ferramenta para verificar a autenticidade do jogo, mas segue sem se pronunciar sobre o uso indevido de sua criação.


O Fortune Tiger utiliza tecnologia RNG (gerador de números aleatórios), funcionando como uma loteria. Mesmo na versão oficial, o retorno financeiro médio é de 96,81% das apostas — uma certeza de perdas no longo prazo. As investigações seguem em busca de desdobramentos no Brasil e no exterior.

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