Jantar com Xi Jinping celebra parceria Brasil-China e abre novos mercados para exportação
O jantar de encerramento da visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, realizado na terça-feira (20), contou com um menu sofisticado e simbolizou os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Com pratos como purê de mandioquinha com pato laqueado e pirarucu, a refeição foi acompanhada de vinhos, sucos e aguardente chinesa, em um evento que reuniu autoridades políticas, empresários e representantes do setor agropecuário.
A comitiva agropecuária esteve presente sob convite do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Apesar da proximidade, poucos tiveram a oportunidade de interagir diretamente com Xi Jinping, que foi aplaudido ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
China como “mercado promissor” para exportações brasileiras
Durante o discurso, Xi Jinping reforçou a sólida relação entre Brasil e China, destacando o potencial comercial e cultural entre as nações. Ele fez alusão ao Brasil como uma "China tropical" e mencionou Brasília como um avião com destino ao leste, simbolizando o fortalecimento das conexões com o país asiático.
O evento também foi palco para celebrar a abertura de quatro novos mercados, como o de uvas frescas, cuja exportação para a China havia iniciado o processo há quatro anos. Em 2023, a uva foi a terceira fruta mais exportada pelo Brasil, com um faturamento de US$ 178 milhões, segundo Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
Mercado asiático em expansão
Guilherme Coelho destacou a relevância do mercado chinês para os produtores brasileiros:
“Entre 70% e 75% das frutas que exportamos vão para a União Europeia, com cerca de 500 milhões de habitantes, enquanto a China tem 1,4 bilhão. Isso mostra o grande potencial de crescimento do mercado asiático. O que eles querem, nós temos: uvas de excelente qualidade.”
Os brindes com espumante no jantar simbolizaram a comemoração pelos acordos firmados e pelas novas oportunidades que se desenham para o comércio entre os dois países.
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