Isenção do Imposto de Renda deve ser ampliada; na prática, nada muda
O ministro da Economia, Fernando Haddad, anunciou que o governo brasileiro está planejando ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 3.036 mensais a partir de 2025. Essa mudança visa beneficiar uma maior quantidade de contribuintes de menores rendas, ajustando a isenção de acordo com o aumento do salário mínimo e garantindo que o valor de isenção continue equivalente a dois salários mínimos.
De acordo com Haddad, a ampliação da faixa de isenção será acompanhada de medidas de compensação fiscal, que garantirão que essa alteração não cause desequilíbrio nas contas públicas. O governo está atento à necessidade de ampliar a isenção sem prejudicar as finanças do Estado, assegurando a sustentabilidade das contas públicas a longo prazo.
O que muda com a ampliação
Atualmente, a faixa de isenção do Imposto de Renda atinge os contribuintes que recebem até R$ 2.824 mensais, um valor equivalente a dois salários mínimos em 2024. Com o reajuste do piso salarial em 2025, que passará de R$ 1.412 para R$ 1.518, a faixa de isenção será reajustada para refletir essa mudança, mantendo-se alinhada ao piso nacional. Assim, quem recebe até dois salários mínimos, o que passa a ser R$ 3.036 mensais, estará isento de pagar o Imposto de Renda.
Essa decisão tem como objetivo aliviar a carga tributária sobre a população de menor renda, permitindo que ela tenha um maior poder de compra e consiga lidar melhor com o aumento do custo de vida, especialmente considerando o reajuste no salário mínimo.
A proposta inicial do governo
Vale ressaltar que, originalmente, o governo havia proposto um aumento significativo na faixa de isenção, com a intenção de isentar os contribuintes que recebem até R$ 5 mil mensais. No entanto, essa proposta inicial foi ajustada para um valor mais modesto, visando equilibrar os benefícios para a população com a necessidade de manter as contas públicas equilibradas.
O governo ainda está trabalhando em um conjunto de medidas para compensar a perda de arrecadação decorrente da ampliação da isenção, sem comprometer o financiamento de serviços essenciais e investimentos públicos. A proposta de isenção de R$ 3.036 mensais reflete, portanto, um meio-termo entre a ampliação do benefício para os trabalhadores e a prudência fiscal necessária para garantir a estabilidade da economia do país.
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