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Irã Aumenta Estoque de Urânio Enriquecido a 60%; Nível Próximo ao de Armas Nucleares, Diz Agência da ONU

O Irã continua enriquecendo urânio a um ritmo constante e aumentou significativamente o estoque de material que, teoricamente, pode ser usado para fabricar armas nucleares, conforme relatado nesta segunda-feira (27) pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o órgão da ONU responsável pelo monitoramento de armas atômicas.
A AIEA destacou que as conversas com os inspetores da própria agência estão travadas, dificultando a supervisão do programa nuclear iraniano. Segundo a definição da AIEA, cerca de 42 kg de urânio enriquecido a 60% são suficientes para fabricar uma arma nuclear, caso o material seja enriquecido até 90%. Para quem já alcançou 60% de pureza, é tecnicamente simples atingir o grau de 90%, usado para armas nucleares mais potentes.
De acordo com um relatório da AIEA obtido pela Associated Press, o Irã possui atualmente 142 kg de urânio enriquecido a 60%. Em fevereiro, o estoque era de 122 kg. Rafael Mariano Grossi, presidente da AIEA, afirmou que, teoricamente, o Irã poderia fabricar alguns tipos de bombas nucleares se assim desejasse.
Embora o Irã afirme que seu programa nuclear tem fins pacíficos, a quantidade de urânio enriquecido a níveis inferiores a 60% também aumentou. Atualmente, o estoque é de 6.201,3 kg, em comparação com os 5.525,5 kg registrados em fevereiro. Essas quantidades excedem os limites autorizados pelo acordo nuclear de 2015.
Dificuldades na Monitorização
O Irã tem impedido os inspetores mais experientes da AIEA de monitorar seu programa nuclear. A agência solicitou repetidamente que o país permita a supervisão completa, mas o relatório atual indica que isso ainda não ocorreu. A AIEA espera que o Irã coopere para permitir o trabalho dos inspetores.
Desde o fim do acordo nuclear, os inspetores têm enfrentado grandes desafios. Em 2015, sob a liderança do então presidente Barack Obama, os EUA firmaram um acordo que retirava sanções econômicas em troca de limitações no programa nuclear iraniano. Contudo, em 2018, durante o governo de Donald Trump, os EUA abandonaram esse acordo, exacerbando as tensões e dificultando a supervisão internacional.
A situação atual levanta preocupações sobre a estabilidade e a segurança na região, bem como sobre os esforços globais para prevenir a proliferação de armas nucleares. A comunidade internacional continua a observar de perto os desenvolvimentos no programa nuclear do Irã, enquanto pressiona por soluções diplomáticas para evitar uma escalada na crise.

fonte:G1

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