Inflação no Brasil Alcança 4,5% em 12 Meses, No Teto da Meta do Governo
A inflação acumulada no Brasil nos 12 meses até julho atingiu 4,5%, o teto da meta estabelecida pelo governo Lula. A meta central é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. No período anterior de 12 meses, a inflação foi de 4,23%.
Impactos e Política Monetária
Esses dados são cruciais para entender as próximas ações do Banco Central (BC) em relação à taxa de juros. Atualmente, a taxa Selic está em 10,5% ao ano. Juros mais altos encarecem o crédito, desaceleram o consumo e a produção, ajudando a conter a alta dos preços.
O Comitê de Política Monetária (Copom) já indicou uma postura contracionista. Na ata da reunião de julho, o comitê afirmou que “não hesitará” em aumentar a Selic, caso necessário.
Aumento em Julho
Em julho, o índice de inflação subiu para 0,38%, acima das expectativas do mercado, que previa 0,36%. Esse aumento foi impulsionado pelo preço da gasolina, que subiu 3,15%. Em 8 de julho, a Petrobras elevou o preço do litro do combustível em R$ 0,20, impactando os índices de preços.
Além disso, o aumento de 19,39% no preço das passagens aéreas também contribuiu para o índice de julho. A inflação mede a variação dos preços, refletindo o valor real do dinheiro. Por exemplo, um produto de R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação for de 10%.
A inflação no teto da meta coloca o Banco Central em uma posição desafiadora para equilibrar a política monetária e controlar a inflação sem prejudicar o crescimento econômico. O comportamento dos preços nos próximos meses será crucial para definir o rumo da taxa de juros.
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