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Incêndios florestais em Los Angeles se aproximam das colinas de Hollywood e Calçada da Fama

Reprodução


Pelo menos cinco pessoas perderam a vida nos incêndios florestais que atingem Los Angeles, com várias frentes de fogo, incluindo as colinas de Hollywood.

Atordoados pela rapidez das chamas, os bombeiros relataram um novo incêndio em Hollywood Hills na tarde de quarta-feira, o que resultou na evacuação de locais icônicos, como a Calçada da Fama e o Teatro Dolby, onde ocorre a cerimônia do Oscar. O Corpo de Bombeiros de Los Angeles emitiu uma ordem de evacuação urgente, alertando para "uma ameaça imediata à vida".

Moradores se aglomeraram na Hollywood Boulevard para observar as chamas. "Estou muito nervosa, assustada com tudo o que aconteceu em outros lugares", disse Sharon Ibarra, de 29 anos, que vive a dois quarteirões da área evacuada. "Não esperávamos estar tão perto. Vimos pela televisão... A verdade é que estamos com medo", completou.

Desde terça-feira, uma série de incêndios devastou a cidade de Los Angeles, provocando pânico, destruição e mortes. De acordo com Anthony Marrone, do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, cerca de 1.500 edifícios foram destruídos.
As mortes ocorreram em Altadena, região suburbana ao norte de Los Angeles, onde as chamas consumiram quase 4.300 hectares.

Uma das vítimas, Victor Shaw, de 66 anos, morreu após desobedecer ordens de evacuação e tentar proteger sua casa das chamas, conforme relatado por sua irmã à KTLA. Ela explicou que tentou contactá-lo quando se preparava para deixar a residência, mas ele não respondeu. "As chamas eram tão grandes, pareciam uma tempestade de fogo", contou. O amigo da família, Al Tanner, encontrou o corpo de Shaw com uma mangueira nas mãos, aparentemente tentando salvar a casa que sua família tinha há quase 55 anos.

O primeiro incêndio teve início na manhã de quarta-feira em Pacific Palisades, um subúrbio famoso entre celebridades. As chamas devastaram mais de mil estruturas e consumiram cerca de 6.390 hectares, conforme as autoridades.

Centenas de bombeiros enfrentam o fogo, intensificado por fortes ventos, que se agravaram durante a noite no sul da Califórnia. Mais de 120 mil pessoas estão sob ordem de evacuação em Los Angeles. Empresas como Uber e Lyft disponibilizaram transporte gratuito para levar os moradores a abrigos. Kristin Cowley, do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, destacou que os serviços de emergência estão sendo sobrecarregados, com vários civis e bombeiros feridos, e mais de 300 mil pessoas sem energia elétrica.

A tragédia levou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a cancelar sua viagem à Itália. "Faremos tudo o que for necessário e pelo tempo que for necessário para conter esses incêndios", declarou.

Seu potencial sucessor, Donald Trump, responsabilizou o governador da Califórnia, Gavin Newsom, pelo desastre e pediu sua renúncia, dizendo em sua plataforma Truth Social: "Isso é tudo culpa sua".

O avanço das chamas causou cenas de pânico, com escolas fechadas e principais vias bloqueadas. Estima-se que os prejuízos possam alcançar 57 bilhões de dólares, segundo a AccuWeather.

Os incêndios começaram em um cenário de baixa umidade, justo quando os ventos de Santa Ana, típicos desta temporada na Califórnia, intensificaram as chamas. Autoridades alertam que a situação continua crítica.
Na quarta-feira à noite, um novo incêndio surgiu em Studio City, ao norte de Los Angeles, e imagens dramáticas na mídia local mostraram bombeiros combatendo um incêndio que destruía um edifício de quatro andares. "Nossa esperança é atacar o fogo com força e mantê-lo longe da vegetação", disse Adam Vangerpen, do Corpo de Bombeiros, alertando para os riscos com os ventos ascendendo para as colinas.

Embora incêndios sejam frequentes no oeste dos Estados Unidos, as mudanças climáticas resultaram em condições extremas que aumentaram a intensidade dos incêndios. O meteorologista Daniel Swain explicou que, embora os ventos tenham atingido níveis muito fortes, o que é sem precedentes é a seca. "A falta de chuva, o calor anormal e a seca que vimos nos últimos seis meses não têm registro desde o século 19", afirmou.


Fonte: O tempo

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