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Ibovespa tem queda com EUA e fiscal no radar; dólar recua

Reprodução
O Ibovespa tinha um declínio discreto na terça-feira (05), com agentes financeiros atentos à eleição presidencial nos Estados Unidos e na expectativa de novidades fiscais de Brasília, enquanto Itaú Unibanco avançava cerca de 2% após balanço trimestral e perspectiva de dividendo extraordinário. Às 12h47, o Ibovespa, referencia do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,39%, a 130.005,04 pontos. No mesmo horário, o dólar à vista caía 0,15%, a R$ 5,7830 na venda. Na segunda-feira (04), o dólar à vista fechou o dia com baixa de 1,48%, cotado a R$ 5,7833. Nesta sessão, as atenções dos mercados globais estavam voltadas para a disputa pela Casa Branca, uma batalha acirrada entre a vice-presidente democrata, Kamala Harris, e o ex-presidente republicano Donald Trump, com os primeiros resultados a serem divulgados ao longo desta madrugada. Investidores reajustavam suas posições nesta manhã, após impulsionarem o dólar nas últimas semanas quando apostaram fortemente em uma vitória de Trump no pleito. As promessas do republicano, incluindo tarifas, são consideradas inflacionárias, o que elevou os rendimentos dos Treasuries no mês passado. Pesquisas de opinião recentes, no entanto, reafirmaram o equilíbrio da disputa, com Kamala mostrando força em Estados cruciais, fazendo os agentes financeiros reconsiderarem a possibilidade de uma vitória da democrata.
“Esse movimento de recuperação da Kamala não muda muito o cenário total de que a eleição ainda é muito acirrada, praticamente empatada, impossível de antecipar o seu vitorioso. Mas levou os agentes a desmontarem algumas das suas posições que eles assumiram nas últimas semanas”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. Com isso, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,22%, a 103,700. Outro evento a ser analisado pelos mercados será a reunião de política monetária do Federal Reserve, que anunciará sua decisão de juros na quinta-feira. Operadores precificam quase totalmente um corte de 25 pontos-base na taxa. Na contramão de seus pares, o real se desvalorizava ante o dólar, uma vez que investidores demonstravam preocupação com as contas públicas brasileiras, enquanto esperam o anúncio de prometidas medidas fiscais pelo governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda-feira que espera que as medidas possam ser divulgadas ainda nesta semana, afirmando que elas estão “adiantadas”. O mercado também aguarda a próxima decisão do Copom sobre a Selic na quarta-feira (06), com operadores precificando um aumento de 50 pontos-base na taxa de juros. Na curva de juros brasileira, as taxas de DI tinham alta, impulsionadas também pelos temores fiscais, apesar da oscilação tímida dos rendimentos dos Treasuries.
Fonte: CNN.

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