O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em entrevista ao SBT nesta terça-feira (4) que a pacificação será o eixo central de sua gestão. O parlamentar ressaltou a importância de evitar instabilidades políticas, como processos de impeachment, defendendo um equilíbrio entre os poderes para garantir o bom funcionamento da democracia.
"A pacificação é o melhor remédio para que cada Poder consiga trabalhar", declarou Motta, reforçando que buscará um ambiente de diálogo para conduzir a Câmara.
Ao ser questionado sobre os pedidos de impeachment que foram protocolados ainda na gestão do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Motta foi enfático ao afirmar que o Brasil já enfrenta desafios suficientes e que um novo processo dessa natureza poderia trazer prejuízos institucionais.
"O Brasil já tem muitos problemas para criarmos mais instabilidade política. Toda construção que leva ao impeachment de um presidente deixa traumas e altera cronogramas. Se pudermos evitar instabilidade, será o melhor para o país", afirmou.
O deputado frisou que sua gestão não atuará de forma a criar obstáculos ao governo federal, mas sim buscará promover a harmonia entre os poderes. "Não vamos resolver problemas gerando mais problemas. Isso não é bom para o país. Vamos atuar sempre em favor da estabilidade e em matérias que não venham a trazer estremecimentos entre os poderes", completou.
Posição sobre o PL da Anistia
Hugo Motta também foi questionado sobre o Projeto de Lei (PL) da Anistia, que trata da situação dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ele garantiu que seguirá a decisão da maioria dos deputados, reforçando a soberania da Câmara e o respeito ao processo democrático.
"A Constituição será nossa bússola para dizer o que entendemos ser bom para o país. Os poderes devem ser independentes e harmônicos, trabalhando em prol de quem precisa, que é a população", concluiu.
O posicionamento de Motta marca um tom conciliador no início de seu mandato na presidência da Câmara, num momento em que o cenário político nacional segue polarizado. Se sua estratégia de pacificação será bem-sucedida, dependerá da relação que ele construirá com o governo e com os líderes partidários nos próximos meses.
Fonte:SBT
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