Haddad descarta retaliação do Brasil às tarifas de Trump e aposta no diálogo
há 20 horas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que o Brasil não pretende retaliar os Estados Unidos em resposta às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre o aço e o alumínio. Segundo Haddad, a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é priorizar o diálogo com a Casa Branca.
"Não vamos proceder assim [com retaliação] por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou ‘muita calma nessa hora’. Já negociamos outras vezes em condições mais desfavoráveis que essa", declarou Haddad após uma reunião com representantes da indústria do aço.
Durante o encontro, o Instituto do Aço apresentou propostas ao governo brasileiro, argumentando que as novas tarifas podem ser prejudiciais não apenas ao Brasil, mas também aos próprios Estados Unidos. A equipe econômica do governo pretende analisar as sugestões e enviar uma nota técnica ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado por Geraldo Alckmin. Ainda não há previsão para a entrega do documento.
As tarifas de Trump já estão em vigor e fazem parte de uma estratégia de proteção à indústria americana, uma política que o ex-presidente adotou também durante seu primeiro mandato. O setor do aço brasileiro, no entanto, argumenta que o diagnóstico do governo americano sobre a exportação do produto está equivocado.
O governo Lula busca uma solução negociada para minimizar os impactos das medidas e evitar uma guerra comercial. Segundo Haddad, o histórico de negociações anteriores mostra que é possível alcançar um entendimento sem recorrer a sanções ou represálias.
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