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Governo reforça Complexo da Saúde com investimentos bilionários e ações para o SUS

  • gazetadevarginhasi
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura
Governo reforça Complexo da Saúde com investimentos bilionários e ações para o SUS
Divulgação
Governo impulsiona Complexo da Saúde com investimentos bilionários e ações para fortalecer SUS.

Três iniciativas estratégicas, anunciadas recentemente, reforçam a política de incentivo à indústria promovida pelo governo federal, com foco no fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis). Essa frente busca aliar o desenvolvimento da produção nacional à ampliação da capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo crescimento econômico com inclusão social.

Durante evento em Montes Claros (MG), com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk anunciou um investimento de R$ 6,4 bilhões para expandir sua produção no Brasil. A empresa, fornecedora do SUS de insulinas e medicamentos para hemofilia, pretende ampliar sua capacidade para fabricar tratamentos injetáveis destinados a pessoas com obesidade, diabetes e doenças crônicas. A iniciativa deve gerar 600 novos empregos, somando-se aos 2,65 mil já existentes.

Na mesma ocasião, foi anunciada uma parceria entre o BNDES, a Finep e a Fundação Butantan para a criação de um fundo que destinará pelo menos R$ 200 milhões a micro, pequenas e médias empresas inovadoras da área da saúde. O objetivo é apoiar startups com potencial tecnológico e fortalecer a cadeia de suprimentos do SUS. O BNDES poderá investir até R$ 125 milhões; a Finep, até R$ 60 milhões; e o Butantan, no mínimo R$ 50 milhões.

Também foi celebrado contrato com uma empresa de Aparecida de Goiânia (GO), que passará a fornecer ao SUS produtos como stents farmacológicos, cateteres e balões periféricos utilizados em cirurgias cardiovasculares.

As ações fazem parte da Missão 2 da política industrial “Nova Indústria Brasil” (NIB), lançada em janeiro de 2024. A meta do governo é ampliar de 45% para 70%, até 2033, a produção nacional de medicamentos, vacinas, dispositivos médicos e outros insumos essenciais à saúde pública. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a Missão 2 já conta com mais de R$ 57 bilhões em investimentos públicos e privados.

Durante o evento em Montes Claros, o presidente Lula destacou a importância do SUS como motor da indústria nacional: “Isso é possível porque o SUS é um grande comprador de tudo o que a gente fabrica aqui”.

O investimento no Complexo Econômico-Industrial da Saúde também visa reduzir a dependência de importações, evidenciada durante a pandemia de covid-19. Um dos projetos em destaque é o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde da Fiocruz, em construção no Rio de Janeiro. A unidade terá capacidade para produzir até 120 milhões de frascos de vacinas e biofármacos por ano, com previsão de R$ 2 bilhões do PAC e busca de outros R$ 4 bilhões de parceiros.

A Fiocruz também investe no desenvolvimento de tecnologias como a plataforma de RNA mensageiro, com estudos de uma vacina contra a covid-19 em fase pré-clínica.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vê o Ceis como estratégico para o desenvolvimento do país. Segundo a especialista em Política Industrial da CNI, Caroline Giusti de Araújo, o setor representa cerca de 10% do PIB e responde por mais de 30% do esforço em ciência, tecnologia e inovação. “A cada R$ 1 milhão produzido no setor farmoquímico e farmacêutico, geram-se R$ 2,46 milhões em valor bruto da produção”, afirma.

Para a CNI, o fortalecimento do Ceis é essencial para garantir a segurança sanitária e fomentar uma indústria baseada em inovação. Já o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, defende que a política de desenvolvimento do setor seja tratada como política de Estado, com regras claras e duradouras. “A cadeia produtiva farmacêutica representa um polo industrial, tecnológico e científico de ponta, que emprega cerca de 900 mil pessoas direta e indiretamente”, afirma.
Fonte: Agência Brasil

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Gazeta de Varginha

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