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Governo Federal Assina Acordo de R$ 132 Bilhões para Reparação da Tragédia de Mariana

Governo Federal Assina Acordo de R$ 132 Bilhões para Reparação da Tragédia de Mariana
Antonio Cruz/ Agência Brasil
O governo federal firmou um acordo nesta sexta-feira (25) para o pagamento de R$ 132 bilhões em indenizações às vítimas da tragédia de Mariana, ocorrida em 2015, em Minas Gerais. O acordo envolve as empresas Samarco, controlada pelas mineradoras Vale (brasileira) e BHP Billiton (anglo-australiana), e busca reparar os danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão.

Detalhes do Acordo e Distribuição dos Recursos
Do total de R$ 132 bilhões, R$ 100 bilhões serão novos recursos pagos em até 20 anos pelas empresas, a serem aplicados em diversas ações de recuperação e indenizações. Outros R$ 32 bilhões serão destinados para compensações diretas às vítimas e ações reparatórias sob a responsabilidade das empresas. Até agora, R$ 38 bilhões já foram investidos em ações de reparação socioambiental, conduzidas pela Fundação Renova, que será extinta com a assinatura do novo acordo. A Samarco assumirá as obrigações a partir de agora.

Reação do Governo e Contexto da Tragédia
Durante a cerimônia de assinatura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a importância de investimentos preventivos para evitar desastres semelhantes e criticou modelos de privatização que priorizam dividendos em vez da segurança. A tragédia, ocorrida em novembro de 2015, resultou na morte de 19 pessoas, deixou três desaparecidos e causou a destruição do distrito de Bento Rodrigues. A lama tóxica liberada afetou 49 municípios em Minas Gerais e Espírito Santo.

Compromissos e Críticas das Vítimas
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que representa as vítimas, criticou a falta de participação nas negociações, mas reconheceu avanços significativos no novo acordo. Eles destacaram a importância de medidas coletivas, como fundos específicos para povos indígenas e comunidades tradicionais, além de um fundo perpétuo para ações de saúde. Contudo, o movimento acredita que o valor acordado não cobre totalmente os danos causados e cobra indenizações mais justas.

Ações Futuras e Planos de Reparação
O novo acordo também estabelece medidas de longo prazo, como a retirada de rejeitos no reservatório da usina hidrelétrica Risoleta Neves e a recuperação de 54 mil hectares de floresta nativa na Bacia do Rio Doce. Além disso, prevê a construção de infraestrutura em saúde e saneamento, com mais de R$ 12 bilhões destinados à saúde coletiva na região afetada.
Fonte: Agência Brasil

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